A balança comercial apresentou, em fevereiro, um saldo positivo (exportações maiores do que importações) de US$ 3,04 bilhões, o melhor resultado para o mês em 27 anos. No ano, até agora, o resultado é superavitário em US$ 3,9 bilhões, revertendo o déficit apresentado no mesmo mês de 2015. Nos dois primeiros meses do ano, o Brasil vendeu US$ 24,59 bilhões (uma retração de 4,7% frente a 2015) e comprou US$ 20,6 bilhões (uma queda de 35,1%).
Em fevereiro, as exportações somaram US$ 13,34 bilhões. O valor representa um crescimento de 4,6% frente a 2015 e é a primeira alta em 17 meses. O último crescimento havia sido em agosto de 2014, na comparação com agosto de 2013. O saldo de fevereiro é resultado de um aumento nas exportações tanto de bens semimanufaturados (14%) quanto de manufaturados (7,9%). Nesses casos, ajudaram a balança, sobretudo, as vendas de tubos flexíveis de ferro/aço (531,1%), etanol (244,8%), açúcar em bruto (121,6%) e suco de laranja congelado (83,2%).
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O grupo de produtos básicos, no entanto, teve retração de 0,5% nas exportações. Isso porque houve uma forte queda nas vendas de minério de ferro (-48,8%), petróleo em bruto (-28,2%) e café em grão (-23,8%). No mês, cresceram as vendas de produtos brasileiros, principalmente, para a África e para a Ásia.
Em fevereiro, as importações apresentaram uma forte queda, de 34,6%, seguindo a tendência dos últimos meses. As vendas totalizaram US$ 10,3 bilhões. Todos os grupos de produtos tiveram retração. Lubrificantes tiveram queda de 54,6% nas vendas, bens de capital, 33,3%, e bens intermediários, 20,5%.
No grupo de combustíveis e lubrificantes, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) justifica, em nota, que a retração ocorreu principalmente por conta da diminuição dos preços de naftas , gasolina, petróleo em bruto, gás natural e carvão. No segmento de bens e consumo as principais quedas foram nas importações de equipamentos de transporte não industrial, automóveis de passageiros e bens de consumo duráveis. Caíram as compras, sobretudo, para América Central e Caribe (-77,2%) e Oceania (-64%).
No ano, os dados foram piores do que os acumulados de 2015. Nas exportações, o único item em que não houve queda foi nas vendas de produtos manufaturados, que cresceram 0,5%, sobretudo por conta de um crescimento de 132% nas exportações de tubos flexíveis de ferro/aço. Entre produtos básicos, houve queda principalmente na venda de minério de ferro (-45,6%), e entre os semimanufaturados, de óleo de soja (-47,9%).
Nas importações houve queda em todos os segmentos: combustíveis e lubrificantes (-57%), bens intermediários (-34%), bens de capital (-27,1%) e bens de consumo (-24,4%).
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