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Déficit comercial é expressivo até junho

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, admite que o déficit de US$ 3 bilhões no primeiro semestre do ano foi "realmente expressivo", mas cita que o saldo era de US$ 5,3 bilhões no acumulado até maio, o que significa um refresco para a balança. Sem apresentar números, Tatiana espera um superávit comercial para o ano, apesar de saber que será "bastante inferior" ao resultado de 2012. No ano passado, o superávit comercial somou US$ 19,43 bilhões.

Ela considera uma vitória a pequena queda de 0,7% da média diária das exportações nos primeiros seis meses do ano ante igual período de 2012. "Isso é praticamente uma estabilidade, e é muito difícil manter estabilidade das exportações que temos, dado o cenário externo", afirmou Tatiana em entrevista à imprensa na tarde desta segunda-feira, 1, para comentar os dados da balança referentes a junho. "Estamos em nível de vendas muito próximo ao de 2012, que foi o segundo melhor ano para as exportações brasileiras", completou.

A balança comercial brasileira, que mostra a diferença entre as importações e as exportações do país, registrou superavit de US$ 2,4 bilhões em junho, o triplo do verificado no mesmo mês do ano passado. Apesar do resultado positivo no mês, o saldo comercial no semestre ficou negativo em US$ 3 bilhões, o mais baixo desde 1995, quando registrou deficit de US$ 4,2 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento.

A diferença entre os números do comércio exterior brasileiro este ano e em 2012 é gritante. No primeiro semestre do ano passado, o saldo ficou positivo em US$ 7,1 bilhões.

A deterioração nos dados deve-se principalmente a dois fatores: o registro em atraso este ano de US$ 4,5 bilhões em importações de combustível feitas pela Petrobras no ano passado e a queda nas vendas de commodities importantes, como petróleo.

A expectativa do próprio governo era que as operações da Petrobras fossem todas contabilizadas até março, o que não aconteceu. Ao final de maio, ainda faltavam cerca de US$ 700 milhões a serem registrados nas contas da balança.

Exportações e Importações

As exportações em junho somaram US$ 21,2 bilhões, alta de quase 10% frente ao mesmo mês de 2012. Já as importações alcançaram US$ 18,8 bilhões, resultado 1,5% superior ante ao verificado em junho do ano passado.

Balança em Maio

Em maio, a balança apresentou saldo positivo de US$ 760 milhões. O resultado, contudo, foi decepcionante: 74,3% inferior ao registrado no mesmo mês de 2012.

Segundo o governo, a conta foi fortemente influenciada pelo déficit nas transações de petróleo e derivados. As exportações e importações desses produtos acumulavam saldo negativo de US$ 11 bilhões no acumulado dos cinco primeiros meses.Segundo o governo, excluindo esse fator, o comércio exterior dos demais produtos apresentava saldo positivo de US$ 5,636 bilhões.

O saldo positivo do mês passado foi puxado principalmente pelas exportações recordes de soja: US$ 4,153 bilhões. Foi o maior embarque mensal da história.

Saldo de 2012

No ano passado, a balança comercial apresentou superavit de US$ 19,4 bilhões, o resultado mais baixo desde 2002. A queda foi de 35% ante 2011 --quando o superavit foi recorde, ficando em US$ 29,7 bilhões.

O resultado comercial vinha se mantendo positivo, sempre acima dos US$ 20 bilhões, desde 2002 -quando o superávit foi de US$ 13,2 bilhões. As exportações no ano passado somaram US$ 242,6 bilhões -queda de 5,3% frente a 2011- e as importações caíram 1,4%.

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