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A balança comercial brasileira registrou em novembro o menor saldo comercial em dez meses, frustrando expectativas do mercado em meio a um volume recorde de importações.

O superávit comercial foi de 312 milhões de dólares no mês passado, 49 por cento abaixo do saldo positivo de 611 milhões de dólares em igual período de 2009, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta quarta-feira.

Analistas consultados pela Reuters previam superávit de 850 milhões de dólares.

"O mercado doméstico está aquecido, então está havendo uma demanda maior por bens importados", afirmou Roberto Dantas, técnico da secretaria de Comércio Exterior, a jornalistas. Ele acrescentou que as importações ainda estão fortemente vinculadas às vendas para as festas de final de ano.

No mês passado, o secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral, havia previsto que as exportações cresceriam acima das importações em novembro e dezembro por conta do aumento dos preços de commodities e das quantidades embarcadas.

As exportações tiveram desempenho favorável no mês passado, com alta de 39,8 por cento frente a novembro de 2009, para 17,688 bilhões de dólares, valor recorde para o mês. Mas as importações cresceram mais ainda, 42 por cento, e alcançaram o maior valor pela média diária para qualquer mês, em um total de 17,376 bilhões de dólares.

O crescimento das importações foi liderado por combustíveis e lubrificantes (+70,6 por cento) e bens de consumo duráveis (+53,3 por cento). Mas as compras externas de bens de capital (+39,8 por cento) e matérias-primas e intermediários (40,8 por cento) também tiveram altas expressivas.

Dantas afirmou que a expectativa é que as exportações em 2010 cheguem a cerca de 198 bilhões de dólares, acima da meta de 195 bilhões de dólares, e igualando o recorde histórico alcançado em 2008.

No ano, o país acumula um superávit comercial de 14,933 bilhões de dólares, queda de 35,4 por cento frente aos 23,106 bilhões de dólares registrados no mesmo período do ano passado.

O pior resultado comercial mensal registrado este ano foi em janeiro, quando houve um déficit de 177 milhões de dólares.

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