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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

São Paulo – A temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos voltou a agitar o mercado financeiro global. Ontem, o banco de investimentos Merrill Lynch anunciou seu primeiro prejuízo trimestral em seis anos – por causa, principalmente, da crise imobiliária no país – e levou muita volatilidade aos negócios. Perto do fechamento, as bolsas recuperaram parte das perdas por conta da expectativa de que o banco central americano (Fed) cortará novamente a taxa de juros na reunião da semana que vem.

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) caiu 0,12%, mas, no pior momento do pregão, chegou a perder 1,99%. O Índice Dow Jones, o mais importante da Bolsa de Nova Iorque, recuou 0,01% e a bolsa eletrônica Nasdaq, 0,88%. Na Europa, houve baixa nos principais mercados.

O dólar subiu 0,56% no Brasil, para R$ 1,808, e o risco Brasil avançou 1,1%, para 179 pontos.

"A volatilidade vai continuar pelo menos até a semana que vem, quando haverá reunião do banco central americano", disse Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.

Segundo analistas, as oscilações têm sido motivadas pelas incertezas sobre a economia mundial, em especial a americana. "Os investidores estão reavaliando a recuperação dos mercados de agosto para cá", afirmou Dalton Gardiman, economista-chefe do Banco Calyon Brasil. "Os resultados corporativos têm servido apenas como desculpa para esse movimento."

Na avaliação de Gardiman, de agosto para cá, não houve informações tão positivas que justificassem tamanha melhora das bolsas – o Ibovespa, por exemplo, valorizou cerca de 30% no período.

O economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, também viu excesso de otimismo dos investidores nas últimas semanas. "O viés positivo pode ter sido prematuro", observou. Assim como Gardiman, Campos Neto não projeta uma recessão para os EUA. "Mas o cenário é nebuloso."

Holding

As ações da Bovespa Holding foram precificadas a R$ 23, no topo da faixa estimada pelos coordenadores, o que coloca a oferta em até R$ 6,6 bilhões. As ações começam a ser negociadas amanhã. De acordo com prospecto preliminar, a operação – a maior oferta de ações já realizada no país – envolve até 288 milhões de papéis, incluindo lote suplementar de cerca de 37,6 milhões.

A Bovespa Holding é controladora da Bolsa de Valores de São Paulo e da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

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