Sem proposta de aumento real de salários, os bancários ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado em todo o Brasil a partir desta quinta-feira (24). Hoje, os trabalhadores participam de assembleias em todo o País para votar a oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,5%, que repõe as perdas somente com a inflação dos últimos 12 meses. A categoria foi orientada pelo Comando Nacional dos Bancários a rejeitar a proposta e decidir pela greve.

CARREGANDO :)

"A nossa pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 10 de agosto e, após mais de um mês de negociações, eles fizeram uma proposta rebaixada, que apenas repõe a inflação, diminui o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e ignora as outras demandas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional. Na avaliação do sindicalista, trata-se de uma postura inaceitável para o setor "que obteve os maiores lucros de toda a economia brasileira no primeiro semestre e alcançou a maior rentabilidade de todo o sistema bancário das Américas".

Para o diretor de Negociações Trabalhistas da Fenaban, Magnus Apostólico, "a declaração de greve dos bancários é completamente indevida". "É muito esquisito que eles recebam uma proposta, mandem um comunicado por e-mail dizendo que o comando recusou a proposta e marquem greve. A negociação está aberta, não foi fechada, não houve impasse", argumentou. "O que esperamos é que eles apresentem uma contraproposta a isso que nós apresentamos."

Publicidade