Propostas x reivindicações
A proposta da Fenaban:
Reajuste salarial de 6% (1,2% de aumento real e 4,82% de inflação) e para demais verbas, como vale-refeição e cesta-alimentação, que ficariam em R$ 14,72 ao dia e R$ 252,36 ao mês, respectivamente.
Pagamento de 13.ª cesta-alimentação.
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% do salário mais um adicional de até R$ 1,8 mil.
O que os bancários pedem:
Reajuste de 10,3% (5,5% de aumento real).
PLR de dois salários mais R$ 3,5 mil.
Piso salarial de R$ 1.628,24.
Plano de cargos em todos os bancos.
Pagamento de 14.º salário e 13.ª cesta-alimentação.
Os bancários de Curitiba estão em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A decisão foi tomada em votação apertada de 419 votos a favor e 399 contra, durante assembléia geral ontem à noite. Houve 4 votos brancos e 4 nulos. No interior, Paranavaí rejeitou a paralisação. Mas em Umuarama, Toledo, Londrina, Cornélio Procópio e Apucarana os funcionários da Caixa Econômica Federal também aprovaram a greve. Nestas cidades, os bancários dos bancos privados e Banco do Brasil aprovaram a proposta salarial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e rejeitaram a paralisação. Na segunda-feira, o Comando Nacional dos Bancários recomendou aos 150 sindicatos que integram a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) a acatar a oferta de reajuste salarial feita pela Fenaban e suspender a greve prevista para começar hoje. No caso dos bancos públicos em que não ocorreram avanços nas negociações específicas, a organização sindical indicou a continuidade da campanha e ameaça de greve por tempo indeterminado. O Banco do Brasil, no entanto, apresentou na segunda-feira proposta de reajuste de 10,08%, o que agradou a Contraf.
A proposta da Fenaban também prevê que os dias parados até 1.º de outubro não sejam descontados nem compensados. Foi combinado também que, se a proposta for aceita, os bancos não descontarão dos salários a paralisação de 24 horas, ocorrida na sexta-feira passada. Em Curitiba e região, metade dos 16 mil trabalhadores fecharam cerca de 80 agências, ou 35% das 230 existentes. Em todo o estado, mais 110 agências e 2 mil bancários ficaram de braços cruzados, segundo a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-PR). Os bancários estão em campanha salarial desde 28 de agosto, Dia do Bancário.
No ano passado, as negociações também foram complicadas e os bancários do Paraná ficaram em greve por quatro dias, do dia 5 ao dia 10 de outubro. Os trabalhadores pediam reposição da inflação de 2,85%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 7,05% de aumento real, mas aceitaram um reajuste de 3,50% (aumento real de 0,65%). Eles conseguiram também uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 828, acrescidos de uma parcela adicional que variou entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. O último dia de protestos em Curitiba envolveu 6 mil bancários e fechou 125 agências.
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