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Bancários de Curitiba e região cruzam os braços a partir de hoje, por tempo indeterminado, para pressionar os patrões a aceitarem suas reivindicações de reajuste salarial e Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A medida foi decidida ontem à noite, em assembléia da categoria, que reuniu cerca de mil pessoas, segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba.

A greve foi indicada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que encabeça as negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A estimativa do sindicato é que 180 agências deixem de funcionar hoje na capital. Uma nova assembléia está marcada para sexta-feira, para avalisar o andamento do protesto.

A opção pela greve veio depois que a Fenaban ofereceu na terça-feira reajuste de 2,85% e PLR de 80% do salário, mais R$ 823 de adicional. Os bancários pedem correção de 2,85% (referenre à inflação), mais 7,05% de aumento real, além de PLR de 5% do lucro líquido mais R$ 1,5 mil. "Os lucros do setor são muito maiores que a média do setor produtivo em geral, por isso há muito mais para ser distribuído aos trabalhadores", justifica a presidente do sindicato, Marisa Stedile.

Patrões e funcionários, que negociam desde 10 de agosto. A data-base da categoria é 1.º de setembro.

Outras assembléias foram realizadas ontem em Cascavel, Cianorte, Foz do Iguaçu, Goioerê, Maringá, Paranaguá, Pato Branco, Ponta Grossa, Telêmaco Borba e União da Vitória, em sindicatos reunidos pela Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Paraná (Feeb), além de Apucarana Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama, nas entidades que fazem parte da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec), filiada à CUT.

Ontem, agências de todo o país foram paralisadas em vários estados. A greve atingiu em maior parte a Caixa Econômica Federal, banco público, e o Banco do Brasil, de economia mista.

Até a semana passada, a Fenanban entidade insistia em não oferecer reajuste, quando os bancários fizeram uma paralisação de advertência por 24 horas. A partir daí, a proposta subiu para 2%, mas foi novamente rejeitada pela categoria.

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