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No ano passado, a greve dos bancários durou mais de 20 dias em Curitiba e Região. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
No ano passado, a greve dos bancários durou mais de 20 dias em Curitiba e Região.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Os bancários do Paraná vão lutar por um aumento real – acima da inflação – de 5% neste ano. A proposta de reajuste salarial foi definida no último fim de semana em conferência realizada em Toledo (Oeste do Paraná), e será levada à 18.ª Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo, no fim do mês.

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Segundo a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-PR), que agrega dez sindicatos e representa 25 mil bancários do estado, o índice de reajuste foi eleito por unanimidade por 250 delegados de todo o estado.

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Como a data-base da categoria é setembro, o pedido de aumento real terá como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado entre setembro de 2015 e agosto de 2016.

No acumulado de 12 meses até maio, o INPC foi de 9,82%. O índice tem recuado aos poucos – no ápice da escalada mais recente, chegou a 11,31% em janeiro.

No acumulado de 2004 a 2015, a remuneração dos bancários subiu pouco mais de 20% acima da inflação. Com a escalada da inflação, no entanto, o ganho ficou mais modesto recentemente.

Depois de conquistar aumento real de 2,02% em 2014, no ano passado a categoria aceitou encerrar a greve após conquistar um reajuste de 0,11% acima da inflação.

Representantes da categoria observam que, apesar da recessão, os lucros dos bancos continuam bilionários. Os resultados dos cinco maiores do país (Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Bradesco e Santander) somaram R$ 67,1 bilhões em 2015, 11,3% a mais que no ano anterior.

Paralisação

Como as dificuldades de negociação tendem a ser maiores, a chance de greve é grande, avalia Júnior César Dias, presidente da Fetec-PR. Para ele, o governo interino de Michel Temer é “ilegítimo” e representa uma “ameaça real de não reajustar o salário dos funcionários dos bancos públicos”.

“A conjuntura política nos mostra isso. Temos bancos públicos com ameaça real de não participar da mesa de debates o que seria uma desconstrução da organização dos bancários, fragmentando a nossa atuação. Mas estamos preparados. Por isso, acreditamos que teremos uma campanha salarial ainda mais difícil que nos anos anteriores”, disse Dias, em nota.

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