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Curitiba – Os bancários rejeitaram a proposta de 4% de reajuste salarial feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria, que tem data-base em setembro, aprovou ainda uma paralisação de advertência de 24 horas para a próxima quarta-feira, dia 28. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Marisa Stédile, a expectativa é de a maioria das agências da capital participe do manifesto, que será realizado em todo o país.

Para pressionar a Fenaban a melhorar a proposta, os bancários também ameaçam deflagrar uma greve por tempo indeterminado a partir de 6 de outubro. Antes disso, no dia 1.° de outubro, a categoria vai se reunir em um encontro nacional, em São Paulo, para discutir a campanha salarial.

Bancários de Brasília e do Rio de Janeiro anteciparam a greve de advertência e fizeram ontem uma paralisação de 24 horas. O coordenador de negociações trabalhistas da Fenaban, Magnus Apostólico, disse que o fechamento das agências foi "uma surpresa" para a instituição. "As negociações não foram rompidas. Essa paralisação é inexplicável." Segundo ele, a federação ainda não foi informada sobre a rejeição à proposta apresentada na quarta-feira. "Ninguém nos comunicou oficialmente."

Além dos 4% de reajuste, a proposta da Fenaban prevê abono de R$ 1 mil e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) equivalente a 80% do salário mais um fixo de R$ 733. Os bancos também querem cortar a 13.ª cesta-alimentação. "É uma proposta absurda, tendo em conta que os bancos aumentaram seus lucros em mais de 35% no primeiro semestre deste ano", afirma Marisa.

Os bancários reivindicam salarial de 11,77%, PLR equivalente a 100% de um salário nominal mais um fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários, valorização dos pisos, garantia de emprego e novos benefícios, como 14.º salário. "Estamos revoltados. Os bancos não querem pagar aumento real e ainda se recusam a rever o formato da PLR", reforça o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.

No ano passado, os bancários conseguiram reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%, depois de uma greve que chegou a 28 dias no Paraná.

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