As empresas estatais e os governos regionais (estados e municípios) garantiram o superávit primário - despesas menos receitas, sem contar pagamento de juros - de R$ 5,605 bilhões registrado pelo setor público consolidado em novembro, mostrou o Banco Central (BC). O número equivale a 4,41% do Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todas as riquezas do país - em fuxo de 12 meses terminados em novembro e mostra que a meta do governo para o ano, de 4,25% do PIB, será cumprida.
- (O resultado) nos dá a certeza do cumprimento da meta - afirmou o chefe do departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
No mês passado, o superávit, no entanto, foi praticamente a metade do registrado em outubro (R$ 10,466).
Lopes não fez previsões para dezembro, que historicamente mostra déficit primário por conta de maiores pagamentos do governo (como 13º salário do funcionalismo), mas argumentou que o saldo pode ficar negativo em até R$ 8 bilhões que a meta está garantida.
Em dezembro de 2005, o deficit primário ficou em R$ 5,1 bilhões.
O Banco Central informou ainda que o pagamento de juros em novembro ficou em R$ 12,124 bilhões. Com isso, o déficit nominal (despesas incluindo o pagamento de juros menos as receitas) no mês passado ficou em R$ 6,519 bilhões.
A expectativa do déficit nominal (despesas incluindo o pagamento de juros menos as receitas) neste ano, que já está R$ 50,438 bilhões, é de 3,5% do PIB. Para 2007, a estimativa é de 2,5%, por conta da queda de juros verificada nos últimos tempos.
No mês passado, as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 3,115 bilhões, melhor resultado da série para meses de novembro, revertendo em muito o déficit de R$ 401 milhões de outubro. As estatais federais tiveram saldo positivo de R$ 2,833 bilhões.
Já os governos regionais tiveram superávit de R$ 2,567 bilhões no mês passado, resultado beneficiado pelas transferências vindas do governo federal. Por isso, o resultado do governo central (governo federal, BC e INSS) ficou negativo em R$ 76 milhões no período.
A relação dívida/PIB ficou em 49,3% em novembro, mas o BC calcula que ela encerrá o ano em 50,2%. Para 2007, ela deverá encerrar em 49,3%, mesmo resultado do mês passado.
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