Após dois dias de reunião, as autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) decidiram, nesta quarta-feira, elevar a taxas básica de juros no país da faixa entre 0,25% e 0,50% para 0,50% a 0,75%. A medida já era esperada pelo mercado, diante de declarações de membros da entidade nas últimas semanas.
O Fed planejava ir “normalizando” as baixíssimas taxas ao longo de 2016, mas foi adiando sua decisão diante de algumas dúvidas sobre a consolidação do mercado de trabalho e sobre a evolução da inflação. Já a ata da última reunião, nos dias 1º e 2 de novembro, revelou confiança dos legisladores diante do fortalecimento da economia americana, o que eles julgaram no mês passado suficiente para elevação dos juros em breve.
A alta das taxas no país tem impacto em economias emergentes, como o Brasil, pois resulta em atração para lá de capitais que estão ou iriam para outros países.
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A última vez que a autarquia tomou tal decisão foi em dezembro do ano passado, quando passou aumento determinou a nova taxa básica entre 0,25% e 0,50% – foi a primeira vez em quase uma década.
A presidente do Fed, Janet Yellen, iniciou sua entrevista coletiva explicando o motivo da elevação de juros para o patamar entre 0,50% e 0,75% dizendo que espera que a economia continue a ter bom desempenho.
“Meus colegas e eu estamos reconhecendo o progresso considerável que a economia fez em direção aos nossos objetivos de emprego máximo e estabilidade de preços”.
De acordo com a presidente do Fed, as projeções econômicas estão muito similares às de setembro, mas ela espera que as condições de emprego se fortaleçam no futuro. Diante disso, “continuamos a esperar aumento gradual dos juros nos próximos anos”.
No entanto, ela abordou que mudanças econômicas e fiscais podem mudar perspectivas para a política monetária e que ainda é cedo para saber como políticas fiscais e econômicas irão afetar as perspectivas.
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