O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (4), durante palestra para a Escola Judiciária Eleitoral, que até o final de novembro o Banco Central já havia investido US$ 6,7 bilhões de suas reservas para venda direta no mercado de câmbio.
Apesar do esforço do Banco Central para reduzir a cotação da moeda norte-americana frente ao real, nesta quinta-feira o dólar alcançou R$ 2,50.
Segundo Meirelles, mesmo com a atuação direta do BC no mercado, o montante de reservas permanece inalterado e até um pouco superior ao registrado no começo da crise internacional. "Nossas reservas estão mantidas e estão até um pouco maiores, em torno de US$ 206 bilhões", disse ele durante a palestra.
Crédito
Segundo ele, o crédito para pessoas físicas e jurídicas está voltando à normalidade. Meirelles mostrou dados comparativos dos 16 primeiros dias de novembro em relação ao mesmo período de outubro.
Nos primeiros 16 dias de novembro, o volume total de crédito subiu 4,7%. A expansão para pessoas físicas foi de 10,9% e para as pessoas jurídicas 1,7%.
Contudo, ele disse que o crédito ainda não atingiu os valores de setembro, antes da parte mais aguda da crise. "Ainda não alcançamos o pico de setembro em relação ao crédito, mas já sabemos que há uma recuperação", comentou.
Crescimento
Meirelles voltou a dizer que a economia brasileira sofrerá uma retração, mas que deve crescer mais de 3% em 2009. "A previsão do FMI [Fundo Monetário Internacional] é que o Brasil cresça 3% no próximo ano. É uma previsão conservadora. Nós achamos que será mais. Nosso número sai no final do ano", comentou.
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