O Banco Central revisou suas projeções e já prevê que a recessão econômica chegará a 2,7% neste ano. A previsão anterior era de retração de 1,1%. No relatório trimestral de inflação, divulgado nesta quinta-feira (24), o BC atribuiu o aprofundamento da crise econômica e a perda do grau de investimento do Brasil ao envio ao Congresso Nacional, pelo Executivo, do projeto de Orçamento de 2016 com déficit fiscal primário. O relatório traz um alerta: se não houver mudanças na área fiscal, haverá um comprometimento ainda maior da situação econômica do país e aumento da inflação.
Na visão do BC, o Orçamento no vermelho desorganizou a economia e atrapalhou o controle dos preços. A estimativa para a inflação oficial de 2015 subiu de 9% para 9,5%. E para 2016 a previsão passou de 4,8% para 5,3%. Com a mudança de projeções, o BC se alinha às estimativas do mercado financeiro, que também espera contração de 2,7% neste ano e inflação de 9,34%, segundo a última pesquisa Focus.
No relatório, o BC avisa que se o governo não resolver a questão fiscal, o dólar continuará a subir. E a volatilidade e aversão a risco podem contaminar os preços internos de uma forma mais rápida por causa da percepção de que a economia brasileira não vai bem.
“É necessário prosseguir nas políticas anunciadas para separar as causas da volatilidade, dar direção ao mercado e preservar sua funcionalidade”, disse o diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu.
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