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Os bancos europeus precisam de 114,700 bilhões de euros (152,5 milhões de dólares) para recapitalizarem-se, anunciou nesta quinta-feira (8) a Autoridade Bancária Europeia (EBA), o que significa um aumento de 8 bilhões de euros com relação à estimativa de outubro. A notícia, que já havia sido noticiada pela Bloomberg, foi confirmada pela EBA.

A Espanha possui as entidades com maior necessidade de recapitalização - perdendo apenas para as gregas (30 bilhões de euros) -, precisando de 26,170 bilhões de euros para cumprir com o novo requisito de capital próprio de resistência de 9%, segundo um comunicado da EBA.

A EBA revisou a cifra em função dos últimos dados disponíveis sobre a exposição dos bancos europeus a dívida soberana na Eurozona.

Os dirigentes dos 27 países da UE estarão reunidos durante dois dias a partir desta sexta-feira à tarde em Bruxelas para tentar salvar definitivamente do naufrágio a Eurozona.

Em sua reunião anterior, celebrada no final de outubro, os europeus anunciaram que a EBA exigiria dos bancos um reforço de seu capital próprio ("Core Tier 1") para 9% até o final de junho de 2012.

Estas exigências foram reforçadas pela capitalização e ilustraram a fragilidade dos bancos europeus, debilitados pela crise.

A atenção se concentra agora principalmente em alguns grandes bancos alemães, em particular o Commerzbank, o segundo do país, e o maior banco italiano, UniCredit.

Estas duas entidades figuravam no grupo de bancos - entre os quais também estavam o alemão Deutsche Bank e o francês BNP Paribas - postos na quarta-feira sob vigilância negativa pela agência de classificação financeira Standard and Poor's.

Nas provas de resistência que a EBA realizou em julho com 90 entidades, nas quais requeria um mínimo de Core Tier 1 de 5%, a autoridade continental estimou em 2,5 bilhões de euros as necessidades de recapitalização dos oito bancos e casas de poupança - entre eles cinco espanhois - que falharam. Outras 16 superaram o teste, mas muito próximos da meta.

Esperada impacientemente pelos governos, a nova estimativa, que a princípio deveria ter sido divulgada no final de novembro, foi apresentada no dia 30 pelo presidente da EBA, Andre Enria, ao ministro de Finanças da UE durante uma reunião em Bruxelas.

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