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Os bancos da zona do euro reduziram os empréstimos para as economias emergentes pela deterioração de sua solvência, com a intensificação da crise de endividamente, segundo o último relatório trimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).

No texto, o órgão aponta que os créditos às economias emergentes, sobretudo Europa do Leste, África e Oriente Médio, caíram pela primeira vez em 10 trimestres.

Além disso, em dezembro de 2011, o BIS apontou que a redução dos empréstimos dos bancos da zona do euro à empresas e famílias em mercados emergentes europeus intensificava o arrefecimento econômico desta região.

O estudo do BIS explica que "os bancos da zona do euro foram responsáveis por 70% da queda atribuída a fatores nacionais". Por outro lado, a a proporção correspondente durante o período posterior a crise da Lehman Brothers foi de aproximadamente 40%.

Os resultados também sugerem que "a tensão do setor bancário na desaceleração no fim de 2011 esteve, desproporcionalmente, mais concentrada nos bancos da zona do euro, do que em seus colegas do resto do mundo".

O BIS ainda identifica "diferenças significativas entre as condutas observadas nas quatro principais regiões de economias emergentes". Na Europa, a queda do empréstimo bancário além da fronteira após a quebra da Lehman Brothers foi mais suave que a média.

O crescimento do empréstimo também se seguiu muito abaixo da tendência média na primeira metade de 2012. Os bancos da zona do euro foram os principais responsáveis por esta queda, contabilizando mais de 85% de contração.

O aumento dos níveis de tensão financeira contraiu o empréstimo às economias europeias emergentes durante este período mais do que após a quebra da Lehman Brothers.

As economias emergentes asiáticas experimentaram uma forte contração do empréstimo no período posterior a Lehman, apesar de ter havido uma recuperação rápida e forte em comparação a tendência até finais de 2011.

A América Latina registrou apenas "um arrefecimento modesto do crescimento do empréstimo além da fronteira na segunda metade de 2011".

No Oriente Médio e na África as restrições nacionais relacionadas com os bancos da zona do euro também desencadearam uma queda do empréstimo no final de 2011, mas em menor grau do que na Europa.

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