Pacote de socorro

FMI libera 30 bilhões de euros

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a quinta parcela do programa de 30 bilhões de euros em ajuda financeira para a Grécia, que tem o objetivo de evitar um default da dívida e prevenir um movimento exacerbado de venda de títulos da dívida de países europeus, revelou uma fonte. A aprovação permite a liberação imediata da parcela, apesar de alguns integrantes do Conselho do FMI acreditarem que o programa não é sustentável e da falta de detalhes concretos sobre como a União Europeia vai financiar sua participação no plano de ajuda, que totaliza 110 bilhões de euros. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado

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As discussões entre representantes de bancos e governos europeus sobre a Grécia mudaram de foco nos últimos dias, para ideias de como reduzir o peso da dívida do país, em vez de focalizar apenas maneiras de evitar uma crise fi­­nanceira no curto prazo, disseram fontes próximas às conversações.

As discussões começaram há duas semanas, quando os bancos franceses fizeram propostas com o objetivo de encorajar os investidores a contribuírem para um novo programa de ajuda reinvestindo os recursos obtidos com o vencimento dos bônus que vencerem ao longo dos próximos três anos. Agora, as conversas têm incluído maneiras pelas quais a Grécia poderá se aproveitar de descontos fortes no valor de face de seus bônus para reduzir sua dívida de 350 bilhões de euros.

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As discussões vão prosseguir na próxima segunda-feira, numa reunião dos ministros das Finanças dos 17 países da zona do euro em Bruxelas. As fontes ressalvaram que há poucos sinais de convergência entre os governos europeus sobre como lidar com a dívida da Grécia; nenhuma decisão final é esperada para a segunda-feira e, segundo as fontes, as conversas deverão se estender até setembro.

Um alto funcionário da zona do euro disse que será discutida a possibilidade de permitir que o Programa Europeu de Estabilidade Financeira possa financiar direta ou indiretamente compras de bônus gregos com descontos em relação aos valores de face. No começo do ano, essa proposta havia sido vetada por alguns governos europeus, liderados por Alemanha e Holanda. O funcionário disse que também poderá ser discutida a possibilidade de compras diretas de bônus gregos pelo Banco Central Europeu (BCE), que já tem dezenas de bilhões de euros em bônus gregos em sua carteira.

Outra fonte disse que também se discute a possibilidade de os fundos soberanos serem compradores potenciais de bônus gregos com desconto. Outra ideia seria promover trocas de bônus com redução do total da dívida, à semelhança do Plano Brady, aplicado nos anos 1980 na América Latina.