R$ 2,8 trilhões foi o saldo total de crédito do sistema financeiro em março, um aumento de 1% em comparação com fevereiro, informou o Banco Central. Em 12 meses, o crescimento foi de 13,7%, considerado "moderado", segundo Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, que afirma estar havendo uma "retomada gradual" no crédito no início do ano.

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Completado um ano do atual ciclo de aperto monetário – que ampliou em 3,75 pontos percentuais a taxa básica de juros desde março do ano passado –, os juros cobrados pelos bancos ainda não absorveram totalmente essa elevação. Os juros médios para empréstimos a pessoas físicas cresceram 3,3% nos últimos 12 meses, ficando em 27,7% ao ano em março, informou ontem o Banco Central.

Segundo Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, há uma "defasagem" entre o movimento dessas duas taxas, dando a entender que o aperto monetário já praticado ainda terá repercussão nos juros cobrados pelos bancos a seus clientes. Na mesma linha, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, costuma afirmar que o ciclo de aperto monetário ainda tem efeitos a serem sentidos na inflação.

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Outros fatores influenciam nas taxas cobradas pelos bancos, como competitividade e demanda, explicou Maciel. Nos últimos 12 meses, o spread bancário – diferença entre a taxa de juros que os bancos pagam pelos recursos no mercado e a taxa de juros que cobram de seus clientes nas operações de crédito – cresceu 1% nos empréstimos a pessoas físicas.

Em março, a inadimplência de pessoas físicas (no mercado de recursos livres) foi de 6,5%, resultado estável comparado ao mês anterior. Entre pessoas jurídicas, a taxa de inadimplência foi de 3,3%.