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Não é só o euro que está na linha de mira da crise dos países mediterrâneos. Os bancos europeus detêm cerca de 70% da dívida no exterior dos setores públicos de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha (os "Piigs", no acrônimo em inglês), alerta em relatório divulgado ontem pelo BIS (Banco para Compensações Internacionais, o BC dos BCs). O caso mais grave é o de Portugal, onde o porcentual da dívida nas mãos de bancos europeus é de 84%. Para os títulos da Grécia, país onde o problema é mais iminente, o porcentual é de 73%.

No fim de setembro, segundo o relatório, os principais bancos da zona do euro eram credores de 60% dos empréstimos feitos em toda a região, ou US$ 1,2 trilhão. E a proporção de sua participação era muito maior nos países periféricos em crise do que, por exemplo, da Alemanha (46%) ou da França (32%).

O quadro serve de subsídio às expectativas de que não só os governos da região mas também os grandes bancos ajudem a Grécia. O país deve anunciar uma nova emissão de títulos nesta semana, aproveitando que as taxas sobre seus papéis cederam um pouco após o anúncio de um pacote fiscal por Atenas e a promessa renovada de mais medidas austeras.

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