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O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou neste sábado que os ministros de Finanças da zona do euro concordaram na sexta-feira em aumentar "substancialmente" a contribuição do setor privado no segundo resgate grego.

"Acertamos que é preciso elevar substancialmente a contribuição dos bancos" para o segundo programa de assistência financeira para a Grécia, que chega a 159 bilhões de euros, disse na chegada a reunião de ministros de Finanças da UE.

O também primeiro-ministro luxemburguês partiu do fato de que os preparativos para as negociações com o setor privado avançaram de tal forma que talvez neste domingo "já se possa ter uma decisão" na cúpula dos chefes de Estado e do Governo da zona do euro. Se isso não acontecer, a ideia é de que até quarta-feira na segunda cúpula dos 17 países da moeda comum se alcance um acordo.

O ministro de Finanças sueco, Anders Borg, confirmou que os organismos que detêm dívida grega terão de assumir perdas substanciais.

Segundo o relatório do grupo que financia a ajuda à Grécia sobre a sustentabilidade da dívida grega obtido pelo "Financial Times", a economia grega se deteriorou tanto nos últimos três meses que os sócios internacionais teriam de fornecer 252 bilhões de euros até o fim desta década, salvo o setor privado aceite cortes importantíssimos sobre a dívida que têm em suas bolsas.

O estudo determinou que, com o objetivo de reduzir o nível de dívida atual da Grécia, de 160% do PIB, para 120% em 2020 o corte deveria ser de 50% e para isso seria necessário um resgate internacional de 114 bilhões de euros. Para chegar a 110% da dívida faltaria quitar 60% e então os 109 bilhões de euro de fundos da UE e do Fundo Monetário Internacional estipulados em 21 de julho bastariam.

Os ministros de Finanças da UE analisam neste sábado os termos de uma segunda recapitalização dos bancos europeus.

Sobre este ponto, Borg afirmou que não acredita que se deva "tratar os contribuintes como um presente para os bancos. Qualquer recapitalização tem de ser seguida de propriedade e controle".

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