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O novo ministro da Fazenda disse ainda que espera a aprovação da CPMF no Congresso até maio | UESLEI MARCELINO/REUTERS
O novo ministro da Fazenda disse ainda que espera a aprovação da CPMF no Congresso até maio| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reafirmou seu compromisso com o equilíbrio fiscal e prometeu aperfeiçoar a política econômica do governo para promover uma retomada mais rápida do crescimento da economia. Em entrevista ao Estado de S.Paulo, a primeira exclusiva como titular do Ministério da Fazenda, disse ainda que espera a aprovação da CPMF no Congresso até maio, apesar da crise política e o processo de impeachment da presidente.

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Ainda em seu gabinete no Ministério do Planejamento, que deixou na sexta-feira para substituir Joaquim Levy no comando da pasta, o novo ministro disse ainda que a reforma da Previdência será uma das prioridades para 2016, e que espera enviar a proposta ao Congresso já no início do ano.

Questionado sobre como atender ao pleito dos que defendiam o “Fora Levy” sem mudar a política econômica, Barbosa ressaltou que os desafios do governo continuam os mesmos e garantiu que, com o tempo, irá ‘‘resolver todos os problemas”. Ele comentou que todos defendem a recuperação do crescimento com geração de emprego, mas, afirma, para que o país tenha uma recuperação sustentável do crescimento é preciso ter estabilidade fiscal e controle da dívida pública, que passa pela elevação do resultado primário.

“Sem estabilidade, o crescimento pode até se recuperar por um ano, mas não se sustenta. Por mais paradoxal que seja, recuperar a estabilidade fiscal adotando as medidas necessárias é a melhor maneira de promover a recuperação do crescimento e do emprego. Obviamente tem que adotar essas medidas na dosagem adequada para a economia. O principal fator que levou à revisão das metas fiscais este ano foi a queda de arrecadação do governo, em grande parte fruto da queda da atividade econômica. Se pegarem o nível de despesas do decreto de programação de maio, fica muito próximo do decreto de despesas que vamos ter no final do ano. No caso das receitas, isso não é demérito nem falha de uma ou outra pessoa, o que houve foi uma queda do nível de atividade que comprometeu o lucro das empresas, a renda das famílias, e levou a uma queda do nível de arrecadação do governo”.

O ministro afirmou que pretende aperfeiçoar a política econômica, promover uma estabilização mais rápida e uma retomada mais rápida do crescimento, “com aprovação das medidas que estão no Congresso e com a adoção de medidas constitucionais e regulatórias que melhorem o funcionamento da economia”. Segundo ele, todos têm que trabalhar para construir as duas coisas: estabilidade e recuperação do crescimento, que, diz ele, andam juntas:

“Não dá para ter uma sem ter a outra. Nesse momento é preciso controlar a inflação, elevar o resultado primário do governo para dissipar as incertezas macroeconômicas. Estamos trabalhando em medidas de estabilização macroeconômica, que envolve iniciativas fiscais e monetárias, estas, por óbvio, mais a cargo do Banco Central, e outras iniciativas que estimulam o crescimento”..

Barbosa decidiu passar o fim de semana em conversas com os principais auxiliares dos dois ministérios para formar a nova equipe da Fazenda, que pretende anunciar ainda esta semana. Ele não quis antecipar nomes, mas afirmou que levará par a equipe várias das pessoas que já trabalham com ele háalguns anos, não só no Planejamento, mas também que trabalharam na Fazenda. Mas, antes, irá conversar com os atuais secretários da Fazenda.

“Vou conversar com a equipe do Tesouro para ver como estão os números porque nosso foco agora é finalizar as questões administrativas finais para o ano de 2015. O ano ainda não acabou e vocês que cobrem o ministério da Fazenda sabem que o final do ano para a área econômica é um período de grande atividade”, informou Barbosa.

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