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As taxas cobradas pelas operadoras de cartão de crédito serão debatidas entre hoje e amanhã, em Foz do Iguaçu, durante o Encontro Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A queixa do setor é que o chamado "dinheiro de plástico" está onerando as empresas.

Há cerca de dez anos, os pagamentos com cartões representavam em média 5% do faturamento de bares e restaurantes. Hoje, esse volume chega a até 95% em alguns estabelecimentos. Somente no ano passado, o setor movimentou R$ 62 bilhões. O problema, diz a Abrasel, é que enquanto a estabilidade econômica estimulou a utilização maciça dos cartões como moeda corrente, as taxas sobre as operações se mantêm as mesmas: de 3,5% por transação, na média, mas podendo chegar a 6% em alguns casos.

"No início, quando o serviço começou a se espalhar pelo país havia a promessa das operadoras que o comerciante que oferecesse aos seus clientes esse tipo de opção de pagamento teria um aumento considerável nas vendas. Mas, com o tempo, isso acabou se provando ser uma grande mentira", aponta o presidente da Abrasel-PR, Marcelo Woellner Pereira.

Muitos, com medo de perder clientes, passaram a oferecer o serviço e arcar com as taxas e o aluguel das máquinas e com o tempo para receber o dinheiro das vendas – 24 horas para as operações de débito e até 30 dias para as de crédito. "É lógico que as pessoas preferem a conveniência e o número de pagamentos por essa opção aumenta, a ponto de alguns comerciantes nem verem mais a cor do dinheiro. Mas o consumidor que prefere um bar ou um restaurante não deixa de frequentar esse estabelecimento se não puder pagar com o cartão de crédito ou de débito. Ele dá um jeito de pagar de outra forma."

A ideia do encontro em Foz é reunir sugestões e debater soluções para esse problema. Além das taxas dos cartões, a elevada carga tributária do país também será debatida pelos comerciantes.

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