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Os altos preços da batata e da abóbora estão fazendo com que os argentinos boicotem esses produtos nos supermercados. Boa parte da população não tem dinheiro para pagar até R$ 5 por quilo da batata. E quem tem dinheiro não compra por postura política.

O tema é recorrente num país onde se convive com a ameaça da inflação e muitos duvidam dos índices oficiais. Primeiro foi o tomate, que chegou a custar 18 pesos o quilo (cerca de R$ 11). Após um boicote convocado por associações de consumidores, voltou ao normal, oscilando de 1,30 a 5 pesos o quilo.

O próprio presidente Néstor Kirchner reconheceu o sucesso da iniciativa. Depois, dispararam os preços da batata e da abóbora e novo boicote foi convocado. A batata ainda custa em média 4 pesos (R$ 2,50), duas vezes o preço normal, mas já está baixando. A abóbora ainda não.

Mabel Simoncini, que caminha com o carrinho vazio num supermercado de Buenos Aires, ao ver o preço da abóbora, desabafa: "Olha isso, é uma barbaridade". Custa 8 pesos o quilo, cerca de R$ 5.

"Batata não compro, como arroz, outras coisas. Se faço carne ao forno, não ponho batata. Além disso, não tenho filhos pequenos", diz a senhora de 60 anos. Dinheiro para comprar ela teria, mas se recusa. "Não é para economizar, tanto que depois vou e compro sorvete".

A questão central é mesmo mostrar insatisfação. "Tem gente que se queixa e não faz nada, eu acho que faço minha parte", conta Mabel, em entrevista à "Agência Brasil".

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