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Após perder quase R$ 9 bilhões em valor de mercado, o Banco do Brasil decidiu adiantar sua previsão de despesas com provisão para cobrir eventuais calotes, numa estratégia para estancar a desvalorização em suas ações. Junto com o movimento de redução nos juros, o forte aumento nas provisões para calote tem derrubado o preço das ações dos bancos na Bolsa.

O BB elevou as despesas com provisões de crédito de R$ 2,9 bilhões em dezembro para R$ 3,6 bilhões em março para acompanhar o nível de inadimplência e a expansão das operações de crédito, que cresceram 1,72% no período. A inadimplência no banco está em 2,1% da carteira -abaixo de 3,74% do mercado e praticamente estável em relação aos 2,09% de dezembro.

Para junho, o BB prevê que essas despesas fiquem entre R$ 3,6 bilhões e R$ 3,8 bilhões; em setembro, deve variar entre R$ 3,5 bilhões e R$ 3,7 bilhões -mesmo patamar de dezembro.

Desde abril, quando os bancos públicos iniciaram a redução nas taxas, o BB já perdeu 11,6% de seu valor de mercado. Ontem, o banco estatal valia R$ 65,7 bilhões na Bolsa -R$ 8,7 bilhões menos do que os R$ 74,4 bilhões do final de março.

Só ontem, as ações do BB caíram 2,1%, enquanto o Ibovespa subiu 0,98%. O BB foi o banco cujas ações mais recuaram no primeiro dia de negócios após o discurso da presidente Dilma Rousseff de 1º de Maio, atacando a rentabilidade dos bancos. As ações PN (sem voto) do Bradesco recuaram 1,4%; as PN do Itaú Unibanco, 2,5%; e as Units do Santander Brasil, 0,2%.

"Fizemos isso para reafirmar nosso compromisso de que não teremos problema com inadimplência. Vamos ver se o mercado reage a isso", disse Ivan Monteiro, vice-presidente financeiro do BB.

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