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O Banco do Brasil anunciou ontem a assinatura de um acordo para comprar o equivalente a 49,99% do capital votante do Banco Votorantim e 50% do capital social total da instituição. Pelo desenho da operação, o controle do Votorantim continuará nas mãos do conglomerado do empresário Antônio Ermírio de Moraes. O BB irá desembolsar R$ 4,2 bilhões pelo negócio, sendo R$ 3 bilhões para adquirir ações ordinárias (ON) e R$ 1,2 bilhão por ações preferenciais (PN) do Votorantim.

A compra fará com que os ativos totais do BB cheguem a R$ 553,3 bilhões, tendo como base os dados de setembro de 2008. Com isso, o banco público ficará R$ 21,8 bilhões atrás de Itaú Unibanco, a maior instituição financeira do Brasil.

O BB contava, em setembro, com ativos totais de R$ 512,4 bilhões, já contabilizando a compra da Nossa Caixa, anunciada em novembro. Os 50% do capital total do Votorantim que o BB está adquirindo representavam, naquela data, ativos de R$ 40,9 bilhões. O Itaú Unibanco, por sua vez, contava com ativos de R$ 575,1 bilhões, e o Bradesco, terceiro nessa lista, de R$ 422,7 bilhões.

Fortalecimento

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a associação entre o Banco do Brasil e o Banco Votorantim permitirá o aumento do financiamento de veículos, principalmente de carros usados. Segundo Mantega, com a associação, o BB vai liberar recursos adicionais para aumentar o financiamento de carros novos e usados. Ele destacou que é importante ampliar as vendas do setor de automóveis, relevante para a economia brasileira.

Segundo o ministro, a associação fortalece o sistema financeiro porque os dois bancos têm uma atuação diferenciada e, agora, haverá uma sinergia. Mantega lembrou que o banco Votorantim tem grande experiência na gestão de carteira de crédito de bens duráveis, como veículos e material de construção. Segundo ele, essa é uma área em que o BB atua, e que poderá ser ampliada.

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