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Em mais uma medida bilionária para destravar o mercado de crédito, o Fed (banco central dos EUA) anunciou ontem que vai financiar com até US$ 540 bilhões a rolagem de dívidas de bancos e empresas que estiverem vencendo em até três meses ou menos.

A nova ação do Fed tem por objetivo também injetar liquidez (dinheiro) nos chamados fundos mútuos de investimento, onde tradicionalmente os norte-americanos colocam parte de suas economias. Esses fundos normalmente investem o dinheiro aplicado pelos investidores em títulos de empresas e de bancos.

Os títulos de companhias e bancos (os "commercial papers" e "certificates of deposit") nos fundos mútuos de investimento sempre foram considerados aplicações de baixo risco, voltados a investidores conservadores, que priorizam a segurança ao rendimento.

Com a atual crise, alguns bancos e empresas têm encontrado dificuldade para rolar dívidas e manter a remuneração dos fundos. Já os próprios fundos não conseguem se desfazer de seus papéis no mercado como antes para honrar eventuais resgates de investidores.

Com a nova medida, o Fed pretende comprar diretamente também os papéis desses fundos para capitalizá-los. Desde agosto, os investidores sacaram cerca de US$ 500 bilhões desses fundos.

Os US$ 540 bilhões anunciados ontem não fazem parte do pacote de US$ 700 bilhões aprovados pelo Congresso para que o Tesouro dos EUA compre participações diretas em alguns bancos.

O Congresso dos EUA, de maioria democrata, também estuda um pacote de estímulo direto às famílias e ao consumo, no valor de US$ 300 bilhões. Somadas, todas as medidas já anunciadas ou pretendidas alcançam cerca de US$ 1,9 trilhão, mais de uma vez e meia o tamanho do PIB brasileiro.

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