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O Banco Central fez uma verdadeira ofensiva nesta quinta-feira para tentar conter a desvalorização do dólar, que chegou a bater a menor cotação desde fevereiro de 2001, de R$ 2,0090. A estimativa do mercado é de que a entidade monetária tenha comprado cerca de US$ 4 bilhões no mercado, sendo US$ 3 bilhões em leilões de swap cambial reverso e US$ 1 bilhão no câmbio à vista.

A munição é quatro vezes superior à que vem sendo utilizada pela entidade monetária nos últimos dias. Com as intervenções do Bc, a moeda americana fechou em alta de 0,05%, a R$ 2,0250.

Apesar da forte atuação, segundo o gerente de câmbio da Corretora Novação, José Roberto Carreira, a tendência do dólar continua a ser de queda.

- O dólar não vai parar de se desvalorizar enquanto as taxas de juros do Brasil estiverem tão altas. Acontece que os investidores pegam recursos lá fora, no Japão, por exemplo, onde o juro é de quase zero, e aplicam aqui a uma taxa em torno de 12,3% ao ano - explica.

Com isso, diz, o volume de entrada de recursos estrangeiros no Brasil fica muito alto, baixando ainda mais a cotação do dólar. Carreira observa que, com suas intervenções diárias, o Banco Central está agindo na contramão do mercado:

- Ele está tomando recursos lá fora a uma taxa em torno de 5% e oferecendo papéis nos leilões aqui no Brasil a cerca de 12,3%. Já o mercado está tomando recursos lá fora para aplicar aqui em taxa de juros - diz.

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