Foi encerrada nesta sexta-feira (18) a liquidação extrajudicial do Banco Bamerindus, que estava com suas atividades suspensas desde a intervenção ocorrida em março de 1998.
De acordo com o Banco Central, o fim do regime de intervenção foi possível devido à aquisição da instituição, que agora passa a se chamar Banco Sistema S.A..
Também teve fim o processo de liquidação de duas outras empresas do grupo financeiro, a Bamerindus S.A. Participações Empreendimentos, Bastec Tecnologia e Serviços e a Fundação Bamerindus de Assistência Social.Em maio deste ano, o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) colocou R$ 3,5 bilhões no antigo Bamerindus, o que permitiu a venda do que sobrou da instituição ao BTG Pactual, por R$ 418 milhões. A transação já vinha sendo preparada desde 2013.
O Pactual, por sua vez, já era dono do Banco Sistema desde 1997. Na época, essa instituição apresentava problemas financeiros.
A troca do nome é necessária, pois a marca Bamerindus, que foi vendida ao HSBC no fim dos anos 90, junto com os principais ativos do banco -agências, carteiras de empréstimos e imóveis- não entrou na negociação com o Pactual.
Em julho deste ano, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a compra do Bamerindus pelo Pactual.
Um dos maiores bancos do país até o final dos anos 90, o Bamerindus tinha mais de 3 milhões de clientes e 1.200 agências e pertencia ao empresário José Eduardo Andrade Vieira, que foi senador, ministro e um dos principais doadores de campanha do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
A instituição foi uma das que enfrentaram problemas financeiros após a estabilização da moeda alcançada após o Plano Real.
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