O Banco Central espera um crescimento maior da economia brasileira em 2007, acompanhado de taxas de inflação mais baixas.
De acordo com o Relatório de Inflação do primeiro trimestre, divulgado nesta quarta-feira, o BC estima expansão de 4,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Em dezembro, as projeções do BC indicavam crescimento de 3,8 por cento.
"A aceleração do crescimento da economia brasileira, registrada nos dois últimos trimestres de 2006, ocorreu de forma generalizada... Para 2007, as perspectivas são de aprofundamento desse processo, em parte favorecido pela estabilidade de preços", comentou o BC no relatório.
Para o BC, o regime de metas de inflação segue agora um processo de consolidação da estabilidade. Por essa perspectiva, as projeções da autoridade monetária para o comportamento dos preços foi alterado.
No cenário de referência do próprio Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve subir 3,8 por cento em 2007, ante projeção anterior de 3,9 por cento.
Para 2008, a estimativa é de alta de 4,4 por cento, ante 4,5 por cento em dezembro.
Considerando a trajetória estimada pelo mercado para juro e câmbio, o BC projeta inflação de 4,0 por cento em 2007 e de 5,0 por cento em 2008.
No relatório de dezembro, as projeções considerando as estimativas do mercado apontavam inflação de 4,3 por cento em 2007 e de 5,4 por cento no ano que vem.
Preços administrados
O relatório repetiu que a política monetária deve ser conduzida "com parcimônia", como já sinalizado nas últimas atas do Comitê de Política Monetária (Copom).
Segundo o BC, essa postura é necessária diante dos estímulos já existentes para a expansão da demanda, das incertezas sobre o mecanismo de transmissão da política monetária, além da menor distância entre a Selic corrente "e as taxas de juros que deverão vigorar em equilíbrio no médio prazo".
A projeção para os preços administrados é de alta de 4,5 por cento este ano, frente a 4,8 por cento do relatório de dezembro. A estimativa para o avanço desses preços no ano que vem foi mantida em 5,6 por cento.
"O Relatório de Inflação mudou muito pouco o cenário. O Banco Central manteve em patamar elevado os preços administrados. Isso indica que seguimos na mesma toada. A queda do juro, que poderia ter sido mais rápida há muito tempo, continuará lenta", afirmou Otavio Aidar, economista da Rosenberg & Associados.
O cenário de referência do BC pressupõe dólar constante em 2,10 reais e Selic de 12,75 por cento ao ano.
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