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Diante da valorização do dólar desde a abertura dos negócios nesta terça-feira (11), o Banco Central voltou a intervir no mercado de câmbio pela manhã, mas o esforço não foi suficiente para inverter a tendência de alta da cotação da moeda.

A autoridade promoveu dois leilões de swap cambial tradicionais, equivalentes a venda de dólares no mercado futuro, quando o dólar à vista atingiu R$ 2,166 na venda.

Na primeira operação, que ocorreu entre 10h50 e 10h55 (horário de Brasília), a autoridade vendeu 25 mil contratos dos 40 mil colocados à venda, por US$ 498,5 milhões.

Já na segunda operação, que ocorreu entre 11h25 e 11h35, o BC colocou à venda mais 40 mil contratos. O resultado será divulgado em breve.

A valorização da moeda perdeu força, mas continua. Às 11h45, o dólar à vista -referência para as negociações no mercado financeiro- subia 0,34%, cotado em R$ 2,153 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial -utilizado no comércio exterior- tinha valorização de 0,32%, para R$ 2,155. Ontem, a autoridade monetária já havia promovido dois leilões de swap cambial tradicionais para conter a alta da moeda, quando ela atingiu R$ 2,15.

Segundo operadores, o BC gostaria que o dólar oscilasse na banda entre R$ 2,10 e R$ 2,15 -nível máximo considerado aceitável pelo governo para não comprometer a inflação no país. Foi a primeira vez no ano que a autoridade realizou duas intervenções no mercado de câmbio no mesmo dia.

Na semana passada, o governo anunciou o corte no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. A medida visava atrair mais investimentos em dólar para o mercado brasileiro, o que tenderia a diminuir o preço da moeda americana em relação ao real. Como o esforço não foi suficiente para barrar o avanço do dólar, o governo pode adotar mais medidas para frear a desvalorização do real.

Entre elas, está o aumento do poder dos bancos de vender dólares no mercado, o que elevaria a oferta de moeda americana na economia, levando o dólar a perder valor e freando a tendência de queda do real.

Segundo a reportagem apurou, o BC pode elevar o teto da "posição vendida" dos bancos em dólares, atualmente em US$ 3 bilhões. Até esse limite, as instituições financeiras não precisam recolher 60% de depósito compulsório (recursos que os bancos são obrigados a deixar parados no BC).

Apesar da ação em estudo pelo BC, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descarta reverter outras medidas tomadas em 2010 e 2011 para limitar a oscilação das cotações. É o caso da alíquota de 1% de IOF cobrada sobre transações no mercado futuro de câmbio (derivativos).

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