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O cenário do Banco Central (BC) para a política monetária continua contemplando ajustes moderados da taxa de juros diante da rápida e substancial deterioração do cenário internacional, disse nesta quarta-feira o presidente do BC, Alexandre Tombini.

Segundo Tombini, que falou na cerimônia de posse de novos funcionários da instituição, os ajustes moderados na Selic são consistentes com o "retorno da inflação à meta em 2012".

"O cenário do BC contempla ajustes moderados da taxa Selic, numa ação consistente com o retorno da inflação para meta em 2012", afirmou ele, referindo-se à meta de inflação de 4,5 % pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Tombini manteve o discurso sobre os ajustes moderados na Selic -hoje em 11,50% ao ano- logo após o BC ter retirado parte das medidas macroprudenciais adotadas no final de 2010 e que limitaram e encareceram o crédito no país. Agora, o objetivo é enfrentar as turbulências internacionais, facilitando os empréstimos voltados para consumo para não deixar a economia desaquecer.

Desde agosto passado, a autoridade monetária reduziu a taxa básica de juros do país em 1 ponto percentual e, para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no fim deste mês, a expectativa do mercado é de que mais um corte de 0,50 ponto percentual ocorra.

Tombini afirmou ainda que o cenário internacional mostra uma "rápida e substancial deterioração", e que ele mantém seu caráter desinflacionário. Segundo ele, devido ao caráter proativo do BC, às vezes é preciso de tempo para que os cenários fiquem mais claros e corroborem as decisões do BC.

O presidente da autoridade monetária disse também que o sistema financeiro brasileiro é bastante regulado e com processos de supervisão intensos."Não hesitamos tomar medidas preventivas e punitivas de forma tempestivas", acrescentou ele.

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