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Investimentos

Poupança continua mais rentável que renda fixa

Folhapress

Com o juro básico em 8,5% ao ano, a poupança, agora com rentabilidade de 0,48% ao mês, continua mais atraente que a maioria dos fundos de renda fixa – aqueles com taxa de administração a partir de 2% ao ano. É o que mostra levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Na comparação, a caderneta se revela uma boa alternativa mesmo após a mudança das regras de rentabilidade das aplicações feitas a partir de 4 de maio de 2012. Pela norma, os novos depósitos rendem 70% da Selic mais TR (Taxa Referencial, atualmente zerada) sempre que o juro básico, a taxa Selic, for menor ou igual a 8,5% ao ano. Já para os depósitos anteriores a 4 de maio de 2012, ou quando a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, vale a regra de antes da mudança: remuneração de 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano) mais a TR.

O Comitê de Política Mo­netária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto porcentual, para 8,5% ao ano, mantendo o ritmo do aperto monetário para combater a inflação sem machucar muito a recuperação econômica e indicando que manterá essa intensidade no futuro.

A decisão, que veio em linha com esperado pelo o mercado, foi unânime, com o Copom repetindo o argumento de que esse movimento "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano".

"A gente acha que a Selic termina este ano em 9,25% ou 9,5%. Mas, se continuar a depreciação do real em relação ao dólar, o BC pode se ver na necessidade de continuar a subir a Selic para limitar a contaminação do câmbio para inflação", avalia o diretor de análise para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, para quem o Copom manterá o mesmo ritmo de alta em agosto, quando se reúne novamente.

Essa foi a terceira alta seguida da Selic no atual ciclo de aperto monetário, que começou em abril, após a inflação acumulada em 12 meses ter estourado o teto da meta. A escalada dos preços acontece apesar de a economia brasileira não ter dado sinais consistentes de recuperação, com analistas apostando cada vez mais que o crescimento ficará pouco acima de 2% neste ano.

Preços

Em junho, a inflação medida pelo IPCA estourou novamente a meta, ao acumular alta 6,7% em 12 meses, maior alta desde outubro de 2011. Mas a variação mensal – de 0,26% – veio bem abaixo das expectativas, reforçando as apostas de que o BC não precisaria acelerar o passo.

Logo após a reunião do Copom de maio, agentes econômicos começaram a apostar que o juro básico poderia ser elevado com mais força em julho, diante dos sinais dados pelo próprio BC, com discurso mais duro de combate à inflação ao afirmar que ficaria "especialmente mais vigilante" na condução da política monetária.

O BC estima que o IPCA ficará em 6% em 2013 e em 5,4% no ano que vem. Economistas consultados para o boletim Focus, por sua vez, veem a inflação a 5,81 e 5,90% em 2013 e 2014, respectivamente.

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