O diretor de Fiscalização do Banco Central, Alvir Hoffmann, afirmou hoje que as operações de crédito que geraram as inconsistências no balanço do banco Panamericano podem ter até três ou quatro anos, mas podem ter também dois dias, seis meses ou dois anos antes de 30 de junho. "O prazo dessas operações depende do prazo dos créditos. Tradicionalmente, no Brasil, os prazos não são muito longos, são curtos, como o consignado, que podem ter de 48 a 60 meses", disse Hoffmann. O diretor disse que neste momento não é possível dizer há quanto tempo o Panamericano vem fazendo esse tipo de operação.
Para Hoffmann, não houve falha da fiscalização e não houve demora para o Banco Central agir. "Foi a fiscalização do BC que encontrou o problema. Assim que identificou, agiu", disse o diretor. Para ele, houve falha dos sistemas de controle interno do Panamericano.
O diretor explicou que não era possível o BC avisar a Caixa Econômica Federal sobre os problemas no Panamericano, porque, primeiro, quando a operação ocorreu, o BC não havia identificado os problemas e, segundo, porque, se avisasse (caso tivesse identificado), estaria cometendo irregularidade, violando o sigilo bancário. "O BC não interfere em operações privadas", disse Hoffmann, declarando que a autoridade monetária vai investigar se há indícios de crime de colarinho branco.
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