O Banco Central (BC) prevê a queda da relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) para 48,8% ao fim de 2007, em função do menor peso da carga de juros. A trajetória descendente da taxa básica Selic deve deixar a conta de juros nominais equivalente a 6,4% do PIB, ante 7,66% do PIB registrados em 2006.
Pelo mesmo motivo, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, trabalha ainda com uma redução do déficit nominal das contas do setor público consolidado para 2,1% do PIB, bem inferior aos 3,35% do PIB de dezembro do ano passado. O resultado nominal considera o movimento de caixa do setor público, incluindo pagamento de juros.
Lopes destaca que tais estimativas têm por base o cumprimento da meta "cheia" de superávit primário em 4,25% do PIB, ao fim de 2007. E considera indicadores esperados pelo mercado financeiro, como a variação real da atividade econômica em 3,5% e taxa de câmbio ao fim do ano em R$ 2,20.
"O importante é que a razão da dívida em relação ao PIB continue caindo", ressaltou o técnico, ao divulgar o resultado fiscal do setor público não financeiro. "Daqui para a frente, vamos observar uma queda, bastante expressiva, da carga de juros", avisou.
Ele lembra que a relação dívida/PIB é um dos indicadores mais importantes sobre a capacidade de solvência do país. Em janeiro deste ano, a dívida ficou na posição de 49,7% do PIB (R$ 1,067 trilhão), abaixo dos 50% de dezembro de 2006 e ainda inferior aos 51,5% do PIB que registrava ao fim de 2005.
Para fevereiro, Lopes indica que a relação deve ficar estável em 49,7% do PIB. Ele destacou a redução dos juros, que nos 12 meses acumulados até janeiro correspondiam a 7,43% do PIB. O valor apropriado foi de R$ 13,927 bilhões, ante R$ 17,923 bilhões em igual intervalo de 2006.
De acordo com o BC, a Selic acumulada em 12 meses até janeiro de 2007 foi de 14,68%, ante 15,08% em dezembro de 2006 e 19,05% em dezembro de 2005.
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