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O Banco Central ampliou nesta sexta-feira a estratégia de intervenção no mercado de câmbio, aumentando a quantidade de contratos de swap cambial reverso no mercado pela primeira vez desde março.

Logo após o leilão de swap reverso, o BC também comprou dólares no mercado à vista.

O swap cambial reverso é um derivativo com efeito equivalente a uma compra de dólar futuro pelo Banco Central.

Os leilões dos últimos meses, em vez de acrescentar papéis, apenas tinham o objetivo de rolar contratos em vencimento.

A atuação busca aliviar parte da oferta de dólares no mercado futuro, onde os investidores estrangeiros acumulam posições vendidas de mais de 24 bilhões de dólares. Essas posições servem como uma aposta a favor da queda do dólar e têm sido responsáveis, em parte, pela queda da moeda norte-americana aos menores níveis desde 1999.

A moeda norte-americana reforçou ligeiramente a alta após a operação, sendo cotada a 1,564 real para venda às 13h01, em alta de 0,45 por cento. O mercado é influenciado também pela decepção dos investidores com a criação de emprego na economia dos Estados Unidos em junho.

Na quinta-feira, o dólar fechou a 1,557 real para venda, aproximando-se novamente dos menores níveis em 12 anos.

BC não aceita propostas acima de 3%

O leilão, porém, repetiu o impasse das últimas operações e não teve colocação integral dos títulos. De acordo com operadores, o consenso de mercado era por taxas de juros próximas a 3,2 por cento, mas o Banco Central somente aceitou pagar cerca de 2,8 por cento para comprar dólares futuros.

'Se ele 'raspa' a qualquer taxa, nos próximos o mercado ia abusar', disse o operador de derivativos de uma corretora, que preferiu não ser identificado.

Foram vendidos 9.850 de 30.000 contratos em oferta, com volume equivalente a 482,8 milhões de dólares. Com a operação, o lote de swap cambial reverso no mercado deve crescer a cerca de 9,8 bilhões de dólares.

O BC vinha adotando uma postura mais branda nos últimos meses, atuando somente via leilões de compra à vista.

A queda do dólar aos menores níveis em 12 anos reacendeu no mercado a expectativa de uma resposta mais agressiva do governo, que tenta proteger os exportadores.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na terça-feira que o governo estuda novas medidas para frear a baixa do dólar, mas uma fonte do governo disse que a presidente Dilma Rousseff ainda não havia autorizado nenhuma ação adicional nesse sentido.

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