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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) toma hoje uma difícil decisão: manter inalterada, reduzir ou elevar a taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 13,75% ao ano. Boa parte dos analistas acredita que os diretores que compõem o comitê vão optar por manter a taxa.

A Selic está em alta desde abril, mas, com o agravamento da crise nas últimas semanas, aumentaram as dúvidas sobre a decisão a ser tomada pelo BC. Em cada uma das duas últimas reuniões do Copom, a taxa Selic foi elevada em 0,75 ponto percentual. No último encontro, porém, a decisão não foi unânime: três dos oito membros da diretoria do BC votaram por um aumento de 0,5 ponto, mas prevaleceu a vontade da maioria.

Há motivos para as três decisões possíveis: subir os juros (para controlar a alta do dólar e a inflação), baixar (para não reduzir o crescimento, com o mundo às vésperas de uma recessão) e manter (para evitar que a queda da Selic provoque inflação ou que a alta segure ainda mais a economia do país), diz o gerente de câmbio do Banco Prosper, Jorge Knauer. Para ele, a expectativa é de manutenção.

O estrategista da Way Investimentos, Alexandre Espírito Santo, lembra que houve um choque de expectativas desde a última reunião, em 9 e 10 de setembro, quando o BC elevou os juros em 0,75 ponto. Para o estrategista, o provável desaquecimento da economia supera qualquer força de expansão da demanda, vista na época e que provocaria inflação.

Outro fator a favor da manutenção é o fato de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também se reúne hoje e pode cortar os seus juros em 0,75 ponto, para 1% ao ano. Com isso, aumenta a diferença entre os juros brasileiros e os americanos, favorecendo a entrada de recursos no país e a queda do dólar frente ao real.

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