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O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, está sob intensa pressão de investidores, líderes europeus e mesmo dos Estados Unidos para confirmar nesta quinta-feira sua promessa de fazer o que for necessário para salvar o euro.

A autoridade monetária decidiu em sua reunião mensal manter a taxa de juros na mínima recorde de 0,75%, mas os mercados financeiros agora aguardam a entrevista à imprensa de Draghi para ver quais planos podem surgir com a intenção de reduzir os custos de empréstimos da Itália e da Espanha.

"Não foi uma surpresa", disse o economista do Rabobank Elwin de Groot, sobre a decisão. "É muito mais importante ver quais outras medidas que podem ter decidido."

Qualquer sinal de que Draghi exagerou quando fez a ousada promessa há uma semana pode levar os mercados a punir a zona do euro.

As declarações dele em Londres na quinta-feira passada de que o BCE faria o que for preciso, dentro de suas responsabilidades, para proteger o bloco monetário de um colapso --"e acreditem, será o suficiente"-- já aliviaram tensões nos mercados de dívida.

A Reuters informou na segunda-feira que a principal ideia que está sendo avaliada pelo BCE é uma reativação de seu programa de compra de títulos para Espanha e Itália em conjunto com os fundos de resgate da zona do euro, mas essa ação pode demorar pelo menos cinco semanas.

A Espanha vendeu títulos de 10 anos a um rendimento médio de cerca de 6,65% --taxa que analistas dizem ainda ser desconfortavelmente alta, embora tenha recuado ante o pico de 7,64% na semana passada.

A alta dos custos de empréstimo da Espanha está forçando autoridades da zona do euro a adotarem medidas mais ousadas.

O primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, afirmou a um jornal italiano que líderes europeus estão preparando para que os fundos de resgate da zona do euro comprem títulos no mercado primário por dois anos, com uma decisão provavelmente em setembro.

O BCE também manteve a taxa de juros sobre depósitos em zero% --mínima que foi atingida pela primeira vez no mês passado para encorajar bancos a emprestar de um dia para o outro a outros bancos, onde recebem uma taxa mais alta, atualmente de cerca de 0,1%.

O BCE manteve sua taxa de empréstimos em 1,50%.

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