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O Comitê de Política Monetária (Copom) acredita que a economia brasileira ainda apresenta uma ociosidade que não deve ser eliminada rapidamente, o que junto às atuais expectativas contidas de inflação, garantem a continuidade de um cenário benigno.

O documento é referente à reunião de 8 e 9 de dezembro, na qual o Banco Central manteve a Selic em 8,75 por cento ao ano.

Os diretores do BC ressaltaram, porém, que os estímulos econômicos adotados na crise mundial terão seus efeitos sentidos com defasagem e que estará atento a esse movimento para garantir a continuidade da estabilidade dos preços e que agirá conforme for necessário nesse sentido.

"O Comitê considera que a acomodação da demanda, motivada pelo aperto das condições financeiras e pela deterioração da confiança dos agentes, bem como pela contração da economia global, vem sendo superada, ainda que persista margem de ociosidade dos fatores de produção, que não deve ser eliminada rapidamente em um cenário básico de recuperação gradual da atividade econômica", diz o texto, divulgado nesta quinta-feira.

"Diante da margem de ociosidade remanescente na economia... e do comportamento das expectativas de inflação para horizontes relevantes, continuaram favoráveis as perspectivas de concretização de um cenário inflacionário benigno", acrescentou o documento.

Essa ociosidade é notada nos indicadores de utilização da capacidade na indústria e do mercado de trabalho, segundo a ata.

"Por outro lado, o Comitê nota que a expressiva flexibilização da política monetária implementada de janeiro a julho ainda terá efeitos cumulativos sobre a economia, que serão evidenciados após certa defasagem temporal."

O Copom elevou, sob o cenário de referência --de câmbio em 1,70 real e Selic em 8,75 por cento--, as estimativas para a inflação em 2010 e em 2011, mas ambas seguem "em torno" do centro da meta, de 4,5 por cento.

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