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O novo presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, que assumiu o cargo na semana passada, disse que não haverá interferência política nas decisões da instituição sobre juros e crédito. "Não me sinto pressionado a baixar os juros, até porque são decisões técnicas", afirmou.

Bendine disse também que não existe nenhum contrato formal que o obrigue a baixar os juros e os "spreads" da instituição, apenas um compromisso informal com o Ministério da Fazenda. O "spread" bancário é a diferença entre o custo do banco para captar o dinheiro e a taxa que ele cobra dos clientes. Essa parcela inclui outros custos, riscos, impostos e o lucro das instituições financeiras.

Queda nas ações

Logo após o anúncio da troca no comando da instituição, na semana passada, quando Bendine substituiu Francisco de Lima Neto, as ações do Banco do Brasil tiveram uma queda de cerca de 10% na Bovespa. Os investidores temiam um aumento da ingerência política na instituição. O atual presidente do banco considerou isso uma reação exagerada do mercado financeiro e afirmou que os papéis do Banco do Brasil se recuperaram e já acumulam valorização de quase 30% no ano.

O executivo disse também que a direção do banco é praticamente toda formada por funcionários de carreira e que não há diretor com "vida partidária ativa", apesar de haver pessoas filiadas ao PT. "Eu não fico olhando o vínculo político-partidário. Mas nenhum diretor aqui tem uma vida partidária ativa", afirmou.

Maior banco

O presidente do BB afirmou também que estão mantidas as negociações para aquisição do Banco de Brasília (BRB) e do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes). O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), veio a público ontem para dizer que o BRB não está mais à venda.

Hoje, o Banco do Brasil possui R$ 553 bilhões em ativos, atrás apenas do Itaú-Unibanco (R$ 575 bilhões). Mesmo com as duas aquisições, o BB avançaria para R$ 567 bilhões. Ainda assim, Bendine afirmou que pretende colocar novamente o BB na primeira colocação do ranking. "O BB deve, sim, ser o maior banco do país. Isso vai se dar em breve."

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