O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira que, ao definir que a totalidade dos investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderá ser abatida do resultado primário, o governo "apenas deixou uma margem maior para trabalhar".

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"Nós propusemos fazer um ajuste metodológico porque precisávamos deduzir todo o PAC, mas nem isso é certo que precisa. Porque para fazer toda a dedução, nós temos que executar e pagar todo o PAC", disse a jornalistas.

O governo informou, no final da semana passada, que todos os gastos com o PAC podem ser deduzidos do cálculo do superávit primário. Se isso ocorrer, a meta fiscal cairia para 1,56 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) --sendo 0,46 por cento a ser cumprido pelo governo central, 0,20 por cento de empresas estatais e 0,90 por cento de Estados e municípios.

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Diante da crise financeira global, a meta de superávit primário já havia sido reduzida para 2,5 por cento do PIB para evitar que o governo tivesse que fazer cortes muito fortes de despesas em meio à queda da arrecadação.

O ministro também procurou minimizar temores com a deterioração do quadro fiscal.

"Esse tipo de especulação (sobre não cumprimento das metas) sempre vem", disse. "Toda vez que o mercado começa com essa boataria, eles acabam tendo desmentidos. E vai acontecer isso de novo."

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