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Trabalhadores se reuniram ontem, no Centro Cívico, para comemorar o Dia do Trabalho | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Trabalhadores se reuniram ontem, no Centro Cívico, para comemorar o Dia do Trabalho| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Em meio a shows de duplas sertanejas e comemorações pela beatificação do Papa João Paulo II, o governador Beto Richa (PSDB) sancionou ontem à tarde o novo salário mínimo regional, durante a 10.ª edição do 1.º de Maio Solidário, evento promovido pela Força Sindical do Paraná em comemoração ao Dia do Trabalho. Acompanhado pelo prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), de deputados e secretários de governo, Richa subiu ao palco e pregou uma maior aproximação do governo estadual com os trabalhadores. O reajuste do mínimo prevê um aumento de 6,9%, variando em quatro faixas salariais, que vão de R$ 708,14 a R$ 817,78.

O governador disse, ainda, que irá "retomar e fortalecer os programas de qualificação profissional e de mão de obra junto aos sindicatos e centrais trabalhistas". E, apesar de reconhecer que o governo ainda possui um "longo caminho a percorrer frente às reivindicações dos trabalhadores", defendeu que o estado está sensível às demandas.

A valorização das mulheres no mercado de trabalho foi um dos temas ressaltados durante os breves pronunciamentos – os discursos de Richa, Ducci e o secretário do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), não tomaram mais do que dez minutos. Em tom de brincadeira, ao subir no palco, o governador chegou a dizer que o que lhe chamava mais atenção era o grande público feminino, uma mostra de que a "mulher está assumindo seu espaço".

Durante a manhã, o arcebispo de Curitiba, dom Moacyr José Vitti, também lembrou, durante a missa celebrada no Centro Cívico, os desafios impostos aos trabalhadores. A missa foi acompanhada pelo padre Reginaldo Manzotti e comemorou também a beatificação do Papa João Paulo II. O evento havia reunido ontem, até o fim da tarde, cerca de 110 mil pessoas na Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico.

Arrecadação

Durante a manhã e início da tarde, alimentos foram trocados por cupons para o sorteio de prêmios, como carros zero quilômetro, motos e televisores. No total, segundo a organização, foram arrecadados 12 toneladas de produtos não perecíveis. Pelo menos metade dessa quantia será destinada às famílias atingidas pelas chuvas no litoral do Paraná.

São Paulo

Em São Paulo, por causa da forte chuva e de uma estrutura de ferro que cedeu ao lado do palco, as comemorações do Dia do Trabalho terminaram mais cedo do que o esperado, por volta das 15 horas. Não houve vítimas no acidente. A maioria dos shows que ocorreriam no evento, organizado pela Força Sin­dical e outras quatro centrais –UGT, CGTB, Nova Central e CTB –, incluindo o do cantor Luan Santana, teve de ser cancelada. A comemoração reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na Avenida Marquês de São Vi­­cente, na zona oeste de São Paulo, segundo a Polícia Militar.

A presidente Dilma Rousseff não compareceu ao evento, mas mandou uma mensagem, que foi lida pelo secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho. Na carta ela diz que não permitirá que o poder aquisitivo dos trabalhadores seja corroído por uma escalada inflacionária. "Não permitirei sob nenhuma hipótese que a inflação volte a corroer o poder aquisitivo dos trabalhadores", diz o texto.

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