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Lojas físicas também surfaram na onda Black Friday e registraram bastante movimento ontem. | Antônio More/Gazeta do Povo
Lojas físicas também surfaram na onda Black Friday e registraram bastante movimento ontem.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A Black Friday, data em que o comércio oferece descontos e liquidações, movimentou R$ 929 milhões em vendas no varejo on-line até as 18 horas desta sexta (27), superando os R$ 872 milhões arrecadados na mesma data em 2014. Os dados são da ClearSale, empresa especializada em fraudes que monitora o faturamento do evento em parceria com o Busca Descontos, organizador da Black Friday. O balanço não leva em conta a variação da inflação no período.

A expectativa do comércio era de que as vendas da Black Friday crescessem 12% em relação a 2014.

“Vamos ultrapassar a meta de R$ 978 milhões”, disse o diretor-geral da Clearsale, Juliano Motta.

Mesmo com essa projeção otimista, o valor médio da transação neste ano até o início da noite de sexta era menor do que em 2014. De acordo com dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o tíquete médio foi de R$ 507, ante R$ 522 no ano passado.

Além da cautela do consumidor por causa da crise, outra razão para o menor desembolso pode ser o porcentual maior de descontos. Segundo Thiago Flores, diretor do Zoom, site de comparação de preços que acompanha 300 lojas, o maior porcentual de desconto neste ano foi de 90%, encontrado em videogames e relógios de pulso. Em 2014, o maior desconto tinha sido de 86% num ferro de passar. “Neste ano temos desconto de 79% até no celular.”

Reclamações

O site Reclame Aqui verificou tendência de queda nas queixas relacionadas à compra de produtos na Black Friday em relação ao evento do ano passado. O balanço parcial até as 19 horas de sexta indicava um total de 3.700 reclamações, ante 12 mil em toda a data promocional de 2014.

O presidente-executivo do Reclame Aqui, Maurício Vargas, acredita que os números devem cair em relação aos do ano passado e atribuiu a diferença à atual crise. Segundo Vargas, o endividamento da população impediu que os números nas vendas fossem maiores. “Ninguém tem dinheiro. Está todo o mundo querendo saldar as contas.”

O Procon de São Paulo, o maior do país, registrou até o mesmo horário 973 reclamações de consumidores durante o monitoramento especial para a data. Em 2014, foram 1.356 queixas durante toda a promoção.

A principal reclamação dos consumidores foi a “maquiagem de preços”, quando o valor da mercadoria é majorado dias antes do evento para aumentar a porcentagem do suposto desconto (a chamada promoção “metade do dobro”) ou manter seu valor inicial sem que o cliente perceba, a indisponibilidade dos produtos e problemas na finalização da compra.

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