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Não é somente o interesse da Lifan em levar a fábrica paranaense para a China que tira o sono dos funcionários da Tritec. A alemã BMW já anunciou que a partir de 2007 deixará de equipar o compacto Mini Cooper, fabricado na Inglaterra, com os motores produzidos em Campo Largo. A tarefa ficará a cargo de uma unidade francesa da PSA Peugeot Citroen.

Isso significa que mais da metade dos 180 mil motores produzidos anualmente pela Tritec não terão destino e também que a BMW não terá motivos para levar adiante a joint-venture com a DaimlerChrysler.

A parceria foi firmada na época em que a sócia Chrysler, norte-americana, ainda não tinha passado por uma fusão com a alemã Daimler-Benz, concorrente histórica da BMW. Muito provavelmente, essa perda de mercado da Tritec aumentou o apetite – e o poder de persuasão – dos chineses para comprá-la.

Os demais compradores dos motores 1.4 e 1.6 da Tritec são a Chrysler, para os veículos Neon e PT Cruiser, e as montadoras chinesas Lifan e Chery. "Essa situação nos assusta muito", diz Nélson Silva de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. "Na semana que vem vamos conversar com a Tritec e com a prefeitura de Campo Largo. Afinal, a empresa teve isenção de ICMS e ganhou o terreno e uma subestação de energia elétrica exclusiva. Não pode simplesmente ir embora."

Para Souza, o que mais preocupa é que, nos meses que antecederam seu fechamento, em abril de 2001, a fábrica da Chrysler também negava todo tipo de rumor sobre o encerramento de suas atividades em Campo Largo. (FJ)

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