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Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, classificou ontem como positiva a fusão entre os grupos frigoríficos JBS e Bertin. Afirmou também que o pior momento da crise internacional foi superado.

"A agenda de dificuldades já passou. Agora há a agenda de oportunidades", disse Coutinho, que participou do Fórum Especial Reis Velloso, realizado ontem no Rio.

Com a fusão das empresas, o BNDES, que detinha participação nos dois grupos, passou a ter 22,4% do capital total do novo conglomerado, que também anunciou na quarta-feira a compra de 64% da americana Pilgrim’s Pride, um dos líderes do setor de aves dos EUA.

"Acho interessante ver uma empresa brasileira aproveitando uma oportunidade no exterior, fazendo uma aquisição." Coutinho voltou a frisar que o banco manterá a política de apoiar a criação de "empresas brasileiras de classe mundial".

No que diz respeito às exportações, Luciano Coutinho disse que pedirá ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, aumento de recursos para a linha de financiamento destinada à venda de bens de capital para o exterior (pré-embarque).

Rival

A Tyson Foods reagiu ao anúncio da venda do controle da Pilgrim’s Pride e da incorporação da Bertin S.A., que deram ao grupo JBS Fri­boi a liderança mundial na área de carnes.

"(As transações) podem modificar o ranking das companhias, mas não vão determinar qual empresa é a melhor", disse Gary Mickelson, porta-voz da Tyson.

Em entrevista ao site Meat&Poultry, Mickelson afirmou que a companhia permanece com o foco em suas próprias estratégias com o objetivo de oferecer "os melhores produtos e serviços tanto nos EUA como em outros países".

Analistas norte-americanos avaliam que os órgãos reguladores não devem se opor à venda da Pilgrim’s ao JBS Friboi, uma vez que os negócios da empresa brasileira no setor de aves nos EUA vão começar agora. Antes suas atividades se restringiam às carnes bovina e suína.

Com a nova composição, o JBS Friboi figura em primeiro no ranking mundial, com receita líquida anual de US$ 28,7 bilhões, ante US$ 28,1 bilhões da Tyson Foods, agora vice-líder global.

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