O BNDES e outros bancos de desenvolvimento dos países que compõem o bloco do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) assinaram nesta quinta-feira (9) um acordo que prevê a cooperação entre as instituições e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, do inglês New Development Bank), o banco do Brics.
O documento foi firmado durante a 7ª reunião de cúpula do Brics, na cidade russa de Ufa, pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e os presidentes dos demais bancos de desenvolvimento, na presença dos chefes de Estado dos cinco países. A criação do banco de desenvolvimento do Brics havia sido formalizada na cúpula das potências emergentes do ano passado, realizada em Fortaleza.
No texto, as partes envolvidas se dispõem a explorar possibilidades de cooperação na mobilização de recursos para financiamento, cofinanciamento e estruturação de garantias em projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável. Os projetos de interesse comum podem tanto ser realizados nos países do Brics quanto em outros países emergentes e em desenvolvimento.
Também são citados no acordo como possíveis focos de parcerias os financiamentos de projetos relacionados à inovação e tecnologia, eficiência energética e segurança ambiental, além de iniciativas com impacto social relevante para as economias dos países do bloco.
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Empréstimos
Entre as formas de cooperação previstas estão a realização de empréstimos, emissões de títulos, a criação de programas para apoio financeiro por meio de project finance (modalidade de crédito na qual a garantia é dada pelo próprio projeto), bem como a estruturação de fundos de investimento. As iniciativas concretas de cooperação que venham a ser propostas terão de estar de acordo com os regulamentos específicos de cada instituição financeira signatária.
Também está prevista cooperação técnica entre as instituições e intercâmbio de informações a respeito de projetos com potencial para serem apoiados e sobre mecanismos de monitoramento.
Além do BNDES, são signatários do memorando o Banco para o Desenvolvimento e Assuntos Econômicos Estrangeiros (Vnesheconombank), da Rússia, o Export-Import Bank da Índia, o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês), e o Banco de Desenvolvimento da África Austral (DBSA, na sigla em inglês), da África do Sul.
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