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A assessoria de imprensa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta quarta-feira que foram três os investidores que protocolaram no banco pedidos de financiamento para a compra da Varig.

O banco não revelou o nome dos interessados, mas garantiu que a avaliação será feita no curto prazo e que possivelmente será divulgada ainda nesta semana.

Os atuais gestores da empresa também pediram que o BNDES financie o vencedor do leilão, independentemente de quem ele seja. O Banco irá avaliar esta possibilidade.

Mais cedo, o diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, havia dito que eram dois os interessados nos empréstimos, afirmando que as condições não eram atraentes. Isso porque o banco, além de carta-fiança, estabelece como taxa de juros a Selic e não a TJLP.

- Eu já não conto com o BNDES. As 14 empresas interessadas que nos procuraram já cogitam até negociar o empréstimo diretamente com a companhia ou por meio de outras instituições financeiras. Mesmo que o banco prorrogue o prazo por um ano, não haveria interessados - acredita o consultor.

Algumas das empresas interessadas na compra da Varig garantiram que não irão recorrer ao empréstimo do banco. O presidente da WebJet, Paulo Enrique Coco, foi um dos que afirmou não ter interesse por não saber que garantias terá com relação ao leilão, uma vez que o edital ainda não foi divulgado.

O presidente da Ocean Air, Carlos Ebner, se mostrou igualmente inseguro, mas ressaltou que deseja participar do leilão.

- Não ficou claro para nós (as condições do empréstimo). Afinal, estamos falando de US$ 100 milhões. Não tivemos conforto em relação às condições oferecebidas pelo BNDES - enfatizou Ebner.

O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse que a falta de informações mais detalhadas sobre o leilão está assustando investidores, no que diz respeito à injeção de recursos via empréstimo-ponte junto ao BNDES.

Para Zuanazzi, mesmo com esse problema, o leilão está se tornando viável, mas é preciso garantir a continuidade das operações da companhia até à realização do leilão, em um prazo de 52 dias.

O presidente da Varig, Marcelo Bottini, que participou de um evento com Zuanazzi no Rio, também reclamou da falta de detalhamento do leilão.

Representantes da Varig e da BR Distribuidora estavam reunidos nesta quarta-feira em uma audiência na Primeira Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), com o juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável por conduzir o processo de recuperação judicial da Varig.

A audiência visa a discutir condições e prazos para fornecimento de combustível pela BR Distribuidora à Varig.

A BR informou que vem computando perdas de R$ 2,3 milhões por dia com a falta de pagamento da Varig. A dívida total da empresa aérea com a estatal é de R$ 70 milhões.

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