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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer desenvolver instrumentos para incentivar investimentos ambientalmente sustentáveis e melhorar a capacidade de análise de sustentabilidade ambiental de projetos. "Vamos investir em empresas que compensem emissão de carbono, vamos fazer um fundo de saneamento e espero que também um fundo de florestas", disse Sérgio Weguelin, superintendente da nova área de Meio Ambiente da instituição.

Criada em março, a nova aérea conta com quatro departamentos. Um deles é o de gestão do Fundo da Amazônia, que tem expectativa de atingir US$ 17 bilhões em 2017. "Se tudo der certo, seremos o maior fundo do mundo. O fundo poderá desembolsar US$ 2 bilhões por ano", disse Weguelin. Em evento promovido pela Câmara de Comércio Americana (Amcham) nesta terça-feira (2) no Rio, ele falou de diversos de seus projetos para a área.

Por enquanto, porém, o Fundo da Amazônia só tem US$ 1 bilhão da Noruega. O superintendente reconhece que há poucos projetos ainda na área ambiental, mas entende que a oferta de crédito criaria a demanda por operações estruturadas. "Quem sabe criamos uma CPR (Cédula de Produto Rural). O BNDES poderia tomar crédito e empacotar em um instrumento como CPR e CCB (Cédula de Crédito Bancário)", disse ele.

Weguelin também citou um programa que está em estudo pelo banco que, se aprovado, pela primeira vez permitirá que o BNDES financie a compra ou arrendamento de terrenos. O programa é voltado para que empresários que necessitem manter determinada área de floresta nativa, comprar ou adquirir a "servidão" de um terreno equivalente e próximo, com as mesmas características.

A "servidão" é uma espécie de arrendamento com garantia de que área não será desmatada, embora o proprietário possa usar a área para manejo sustentável de floresta e até vendê-la, mas mantendo a "servidão" pelo novo comprador.

O BNDES prepara a edição de guias sobre Meio Ambiente específicos para cada um de 68 segmentos da economia. A pesquisa é uma das condições de empréstimo de US$ 2 bilhões do Banco Mundial com o Tesouro Nacional. "Os guias têm tudo o que você gostaria de saber sobre meio ambiente. Só para (o setor de) energia são 15 ou 17 guias", disse Weguelin.

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