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No "Copel Day", papéis recuam 1,09%

Os papéis da Copel na Bolsa de Nova Iorque recuaram 1,09% ontem, no dia em que a empresa comemorou os dez anos de negociação na bolsa norte-americana. Com o mesmo porcentual de queda do índice Dow Jones, as ações fecharam a terça-feira vendidas a US$ 16,40. O desempenho em nada interferiu, no entanto, na programação da comitiva liderada pelo governador Roberto Requião, que bateu o martelo encerrando o pregão de um dos mais tradicionais centros financeiros do mundo. Como parte do cerimonial, o presidente da companhia, Rubens Ghilardi, acionou o "closing bell", sino que encerra os negócios.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar até 70% da construção da usina hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi. O empréstimo foi autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Divulgada ontem pela Eletrosul – empresa do governo federal que vai construir e operar a usina junto com a Copel –, a notícia saiu no mesmo dia em que o governador Roberto Requião acionou o sino de encerramento dos negócios na Bolsa de Nova Iorque, em comemoração aos dez anos de negociação dos papéis da Copel na bolsa norte-americana.

A usina de Mauá está orçada em R$ 950 milhões – serão cerca de R$ 750 milhões para as obras e R$ 200 milhões para o desenvolvimento de programas socioambientais na região afetada. Segundo a Eletrosul, o valor financiado pelo BNDES deve chegar a R$ 700 milhões. A Copel é sócia majoritária no empreendimento, com participação de 51%, enquanto a Eletrosul tem 49%.

Arrematada em outubro do ano passado, em leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a usina de Mauá terá potência máxima de 362 megawatts (MW), o suficiente para abastecer uma cidade de 1,1 milhão de habitantes. Há alguns meses, o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, anunciou a intenção de iniciar as obras em outubro. No entanto, isso ainda depende da licença de instalação da hidrelétrica, a ser liberada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). De acordo com a Eletrosul, o empreendimento está em "fase preliminar ao início das obras civis", e o projeto básico "está sendo consolidado".

Resistência

Organizações não-governamentais (ONGs) como a Liga Ambiental estudam entrar na Justiça para impedir a construção da usina. Há preocupação com o impacto ambiental da obra, que, segundo levantamentos preliminares, pode atingir mais de 370 famílias que moram em seu entorno.

Durante entrevista coletiva em Nova Iorque, Requião afirmou que não há como dissociar o Paraná do restante do Brasil no que se refere à geração de energia elétrica. "Não se pode particularizar os riscos porque o sistema hoje é único em todo o país", disse o governador, segundo nota da Agência Estadual de Notícias. "O Paraná, no entanto, que é um dos maiores geradores de eletricidade, vai continuar construindo usinas nos seus rios e cumprindo a sua parte."

O apoio do governo estadual a usinas de médio porte como Mauá contrasta com a suspensão do licenciamento ambiental para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Mais de 60 projetos desse tipo estão emperrados desde 2003. A potência total dessas usinas superaria 700 MW – praticamente o dobro da potência de Mauá.

Alcoolduto

Na mesma entrevista, Requião afirmou que "não há qualquer definição" em relação ao alcoolduto divulgado ontem pela Copel, enfatizando que o empreendimento "está em fase de estudos". Segundo a estatal, o alcoolduto terá 528 quilômetros e vai ligar Maringá – no centro do pólo sucroalcooleiro do Paraná – ao Porto de Paranaguá. Estudos preliminares apontam um custo de R$ 630 milhões.

O governador também disse que o investimento não será feito diretamente pela Copel. "[O governo estadual] avalia a possibilidade de viabilizá-lo através de uma parceria entre a Compagás, subsidiária da Copel para distribuição de gás canalizado, e produtores representados pela Alcopar."

Requião confirmou, para logo depois de seu retorno ao Brasil, a inauguração do terminal público de álcool de Paranaguá, "provavelmente com a presença do presidente Lula" – que deve visitar o Paraná em meados de agosto.

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