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A Boeing apresentou ontem nos Estados Unidos o primeiro exemplar de duas turbinas do chamado "avião verde". As vantagens do avião já convenceram 46 clientes a comprarem 640 exemplares, pedidos antes mesmo de sua estréia mundial. A aeronave será utilizada para médias e longas distâncias e terá capacidade para entre 210 e 330 passageiros.

A Boeing fixou como meta colocar no mercado cerca de 2 mil exemplares até o ano de 2023. A companhia japonesa ANA, que fez um pedido em 2004, prevê que seu "Dreamliner" entre em serviço em 2008.

Um de seus pontos revolucionários é que ele reduz em 50% a necessidade de alumínio, material até agora onipresente na fabricação de aviões. Desta forma, a metade de sua construção foi substituída por materiais como fibra de carbono.

Duas vezes mais sólidos e leves que o alumínio e com maior resistência ao fogo, estes novos materiais para a indústria são as resinas de fibra de carbono, que pela primeira vez são utilizadas para fabricar a fuselagem de um avião.

"Não sei de nenhum inconveniente" dos materiais compostos, afirmou JEff Hawk, encarregado dos temas ambientais. Segundo a Boeing, os componentes são mais resistentes e duráveis, além de permitirem uma redução de peso que repercute no consumo do combustível.

Num momento em que o preço do petróleo disparou, argumentos como estes marcarão a diferença no setor, que nos últimos anos registraram lucros pequenos, afirmou o especialista Richard Aboulafia.

"Não podemos ter certeza do rendimento" que promete a Boeing, "mas caso se concretize, será revolucionário, em termos de poupança (em consumo de combustível) e longevidade" do avião, destacou Aboulafia.

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