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Dólar acumula alta de 21% no ano

No fechamento do mercado, ontem à tarde, o dólar comercial foi cotado a R$ 2,16 na venda, o que representa um avanço de 2,61% sobre a cotação de quinta-feira. No mês, a taxa de câmbio acumula valorização de 13,44%, enquanto o acréscimo em dez meses atinge 21,55%. O Banco Central promoveu ontem dois leilões de "swap" cambial: no primeiro, previsto para as 12h45, não houve demanda para os contratos de vencimento em abril e janeiro. Os agentes financeiros somente aceitaram os contratos a vencer em julho, no montante de US$ 120,7 milhões. A autoridade monetária voltou à carga uma hora depois: os agentes financeiros tomaram US$ 276,1 milhões em contratos a vencer em janeiro; outros US$ 34,3 milhões em contratos para vencer em abril, além de outros US$ 9,7 milhões para contratos de "swap" que vencem no mês de julho. Esses contratos funcionam como um instrumento que fornece proteção contra a alta do dólar e ajudam a segurar a cotação da moeda.

Folhapress

Em seu quinto mês seguido de queda, a Bolsa de Valores de São Paulo ficou mais uma vez na lanterna das opções de investimentos. O dólar, que rondou os R$ 2,50 em outubro, foi a forma de aplicação mais rentável do mês, com alta acumulada de 13,45%, vendido a R$ 2,16. A desvalorização da bolsa no último mês ficou em 24,80%, sendo a maior baixa mensal em uma década e o quarto pior resultado desde 1968, segundo dados da consultoria Economática. No exterior, as bolsas também sofreram. O índice Dow Jones, de ações norte-americanas, caiu 14% em outubro – o pior mês desde agosto de 98.

Como o dólar é atualmente pouco procurado pelos investidores, o bom retorno das aplicações de renda fixa se destaca. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) ficaram no topo, com ganhos médios de 1,11% no mês. Atrás vieram os fundos DI (que carregam títulos que acompanham a oscilação da taxa Selic), com retorno médio de 1,05%, e a renda fixa, com 0,94% de retorno no mês. Além da rentabilidade mais expressiva, os CDBs têm atraído um elevado número de investidores por não cobrarem taxas de administração, que consomem entre 1% e 4% ao ano dos fundos. A caderneta de poupança pagou 0,75% no mês.

"Os fundos de renda fixa continuaram muito voláteis no mês de outubro, devido à marcação a mercado, apresentando novamente rendimento abaixo dos fundos DI. A renda fixa deve continuar apresentando muita oscilação, devido às variações dos juros futuros", afirma o administrador de investimentos Fábio Colombo.

A menor atratividade dos fundos de renda fixa não tem sido perdoada pelos investidores. Segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) a categoria havia perdido R$ 13,12 bilhões líquidos em recursos em outubro, até o último dia 28.

Marcação a mercado

Tendo boa parte de sua carteira aplicada em títulos prefixados, os fundos de renda fixa sofreram forte impacto com a alta dos juros futuros. A regra conhecida como "marcação a mercado" obriga os gestores a recalcularem o retorno dos títulos que estão nas carteiras dos fundos de acordo com os preços praticados diariamente no mercado. Quando os juros futuros sobem de foram expressiva e inesperada, os preços dos títulos prefixados recuam, afetando o retorno dos fundos. E foi exatamente isso o que ocorreu no mês.

Já os fundos de ações, mesmo com a queda expressiva da bolsa de valores, chegaram ao fim de outubro com captação positiva de R$ 86,8 milhões – isso significa que os investidores mais aplicaram que sacaram recursos no segmento.

Com a depreciação expressiva da Bovespa – que atingiu no mês seu mais baixo patamar desde 2005 –, investidores têm garimpado boas ofertas, pois ações de empresas sólidas como Petrobras e Vale têm caído muito nos últimos meses, sem que seus resultados justifiquem perdas tão elevadas.

Dia

Ontem, os papéis da Petrobras foram um importante ponto de suporte para a manutenção dos ganhos do Ibovespa. No encerramento, as preferenciais da estatal registraram valorização de 2,01% e as ON, de 1,78%. Outro dado positivo foram os ganhos das ações PNB da Aracruz – que fecharam em alta de 2,40%. As ações ON da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) também se destacaram neste último pregão de outubro e encerraram com a maior alta, de 7,43%, após a divulgação de um lucro líquido de R$ 219,6 milhões no trimestre, uma alta de 22,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Na seqüência, apareceram os papéis PN da Sadia (5,74%) e ON da Perdigão (5%).

As ações ON das Lojas Renner lideraram as perdas do Ibovespa, com queda de 14,91%, após a divulgação de resultados do terceiro trimestre abaixo do esperado pelo mercado. Ontem, a companhia anunciou lucro líquido de R$ 31,5 milhões no período. Na seqüência, as maiores perdas foram registradas por Cyrela e Gafisa, em um claro movimento de realização de lucros, após as ações registrarem ganhos expressivos esta semana por causa da criação de uma linha de R$ 3 bilhões para financiamento de capital de giro das construtoras habitacionais por meio da Caixa Econômica Federal. Cyrela ON caiu 12,40% e Gafisa ON recuou 10,66%.

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