Um inesperado vigor no mercado de moradia ajudou o JPMorgan e outros bancos a darem continuidade à recente recuperação nesta terça-feira (17) e, junto com uma alta das ações de tecnologia e consumo - tais como a Apple -, levaram os índices para os melhores níveis em cerca de um mês.
O aumento de 22,2% nas construções residenciais iniciadas em fevereiro e sinais de alguma inflação ao produtor reduziram as preocupações sobre o pior dos cenários, de outra "depressão" deflacionária.
"Estruturalmente", a alta parece saudável, disse Ryan Detrick, estrategista sênior técnico da Schaeffer's Investment Research. A forma no qual o mercado tem se movimento em alta com regularidade na última semana e meia é usualmente um sinal de um rali sustentado. Contudo, Detrick continua cético sobre as avaliações de que o mercado de ações tenha alcançado o "fundo do poço". Ele antecipa um longo processo antes do mercado virar para cima de forma consistente.
Lorenzo Di Mattia, gerente do fundo hedge Sibilla Global Fund, começou a comprar ações na semana passada porque acredita que os participantes do mercado tinham se tornado muito bearish (negativos). Ele antecipa uma alta sustentada das ações.
As ações do JPMorgan Chase lideraram os ganhos entre as componentes do índice Dow Jones, com uma alta de 8,88%, enquanto as do Citigroup subiram 7,73%, para US$ 2,51 - seu nível mais alto desde 25 de fevereiro. Ainda no setor financeiro, Morgan Stanley fechou em alta de 3,34% e Goldman Sachs subiu 5,42%.
No setor de tecnologia, destaque para a alta de Cisco Systems +4,47%, Intel +4,56%, Dell +4,94%, Microsoft +4,00% e Yahoo! +5,82%. As ações da Apple fecharam em alta de 4,44% depois da fabricante dos computadores iMac e tocadores de música iPod ter lançado um novo software para o iPhone, que permitirá aos usuários a montar seus próprios programas para o aparelho.
As ações da Alcoa despencaram 8,66% depois da companhia ter anunciado na noite de segunda-feira um corte nos dividendos e redução nos gastos em 2010. Por outro lado, as ações da Caterpillar subiram 1,55% depois da companhia ter anunciado a demissão de mais 2.400 funcionários em cinco fábricas.
O índice Dow Jones subiu 178,73 pontos (2,48%) e fechou em 7 395,70 pontos - nível mais alto desde 19 de fevereiro. O Nasdaq avançou 58,09 pontos (4,14%) e fechou em 1.462,11 pontos - menor fechamento desde 18 de fevereiro. O S&P-500 avançou 24,23 pontos (3,21%) e fechou em 778,12 pontos - melhor nível desde 19 de fevereiro -, enquanto o NYSE Composite subiu 139,23 pontos (2,94%) e fechou em 4.868,14 pontos.
O volume negociado na NYSE alcançou 1,492 bilhão de ações, de 1,898 bilhão de ações ontem. No Nasdaq, o volume somou 2,105 bilhões de ações negociadas, de 2,141 bilhões de ações ontem; 2 026 ações subiram e 717 caíram.
No mercado de bônus, os preços dos Treasuries caíram, com respectivo movimento inverso dos juros, pressionados pela alta das ações em um dia relativamente quieto, com os participantes do mercado na expectativa do comunicado de política monetária que o Federal Reserve divulga nesta quarta-feira. As perdas foram mais acentuadas no meio da curva de juros, com as notes de 5 anos e 7 anos registrando um desempenho abaixo da média.
"O mercado de Treasuries está esperando para ver o que virá do Fed e permanecerá volátil enquanto isso", disse Sean Simko, chefe de renda fixa da SEI. "Toda a atenção está voltada para o comunicado." Os investidores estarão na expectativa de detalhes adicionais sobre a possibilidade do Fed comprar Treasuries de longo prazo, uma opção que a autoridade monetária tem sugerido repetidamente desde o final do ano passado.
No encerramento da sessão, os juros projetados pelos T-bonds de 30 anos estavam em 3,816%, de 3,765% ontem; os juros das T-notes de 10 anos estavam em 3,001%, de 2,957% ontem; os juros das T-notes de 2 anos estavam em 1,024%, de 0,992% desta segunda. As informações são da Dow Jones.
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